O exercício profissional farmacêutico – Uma reflexão


20 de Janeiro. Dia do Farmacêutico. Tempos de regozijo e júbilo para os que estão iniciando a Profissão. Tempos de incertezas e angústias para outros que labutam já a algum tempo no mister da Farmácia.

Neste momento me inspiro nas palavras do farmacêutico e professor Mário Sapag-Hagar, que traduz de forma lúcida e objetiva, algumas inquietações que permeiam a profissão, mesclando aspectos éticos e a crise atual que afeta o mundo todo. O professor Sapag-Hagar descreve...

“Este exercício se desenvolve atualmente com certos rompantes de crise de identidade, originados no manejo comercial dos medicamentos como fatores fundamentais no controle das enfermidades e conservação da saúde da população ...[...]. Esta crise de insatisfação com o exercício profissional no setor privado não é recente e alcança um número significativo de jovens farmacêuticos...[...]; entre outros, inquietação que lhes vem à mente como aquele epitáfio que assalta aos descontentamentos: “o que sou observa com tristeza o que eu poderia ter sido”. Antepor nosso próprio interesse ao da comunidade que juramos, em solene cerimônia de titulação, servir com generosa prioridade pospondo os benefícios econômicos próprios? Velamos por compartilhar valores morais e deontológicos com os jovens estudantes e profissionais que nos foram encomendados? É nosso desempenho farmacêutico uma contribuição farmacoterapêutica científica e humanamente projetada e atualizada?”

É tempo para dizer e refletir...sou o farmacêutico que pretendi ser? A partir de Hipócrates se aceitou como guia a máxima de que não se é um “profissional bom” como ser humano ou pessoa se antes não se for um “bom profissional”.

Feliz dia do FARMACÊUTICO a todos os colegas FARMACÊUTICOS.


Luiz Mário
Farmacêutico, Professor universitário da UFMA e Instituto Florence de Ensino Superior. Técnico de nível superior do LACEN-MA.


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