COLUNA AR - 15: Violência histórica


Está na Bíblia no livro de Gênesis. Abraão tinha 02 filhos, Isaac e Ismael. Sara sua esposa legítima, já idosa, achando que não conceberia mais, deu-lhe Agar, sua serva, para dormir com Abraão e dar-lhe o filho que ele tanto queria. E dessa relação nasceu Ismael. Só que os planos de Deus são inacessíveis ao conhecimento humano e Ele tinha planos para uma descendência de Abraão com Sara e logo em seguida ao nascimento de Ismael, Sara mesmo idosa engravidou e deu a luz a Isaac. Após o nascimento de Isaac, Abraão dispensa Agar, sua ex-serva, mãe de Ismael, e os manda embora; mas Deus ouvindo o pranto de Agar promete ao menino socorro e uma descendência numerosa. Da descendência de Ismael vem todo o povo árabe, inclusive os palestinos. E da descendência de Isaac é oriunda o povo judeu (ou hebreu). O tronco é o mesmo: Abraão – a quem Deus escolheu para ser pai de multidões, inclusive desses dois povos que se digladiam desde milhares de anos antes de Cristo. 

Dos árabes temos a religião islâmica ou muçulmana, a religião com maior número de adeptos no mundo, do livro sagrado Alcorão, do profeta Maomé, do deus Alá. Já do povo judeu, de Davi, Moisés, etnia de Jesus Cristo, temos a religião judaica, do livro sagrado Torá (correspondente apenas ao Velho Testamento da Bíblia cristã), que não acredita em Cristo como filho de Deus e o Messias prometido, por isso seu livro sagrado não contempla o Novo Testamento bíblico, e acredita que o Messias ainda está por vir. 

Inicio com essa introdução toda para falar dessa violência atual que volta as atenções do mundo para uma estreita faixa de terra no Oriente Médio chamada Faixa de Gaza, que tem de população 1,7 milhão de habitantes e apenas 41 km de comprimento e de 06 a 12 km de largura, apenas. Local em que Israel, hoje estado, de poder bélico enormemente superior aos dos palestinos que lá habitam, bombardeia covarde e incessantemente a população civil e militar, ameaçando dizimar o povo daquela pequena área. 

Durante mais de 2000 anos o povo hebreu viveu disperso pelo mundo, sem terra, sem nação, apenas mantendo sua identidade cultural e religiosa, até que conquistou sua independência e o mundo através da ONU reconheceu em 1948 o Estado de Israel. De lá para cá, Israel com a ajuda das grandes nações mundiais se fortaleceu econômica e belicamente, principalmente por se contrapor ao povo árabe, economicamente poderoso pelos seus territórios ricos em petróleo, aversos por sua religião dogmática à cultura ocidental e aos países que mormente a representam, como Estados Unidos, França, Alemanha etc. 

Analisando a história de Israel, constatamos que os patriarcas Abraão, Isaac e Jacó estabeleceram o que eles chamaram de “Terra de Israel”. Em seguida a fome faz o povo judeu migrar para o Egito e lá é escravizado por centenas de anos. Moisés no século XIII a.C. lidera o êxodo do povo hebreu de volta a terra de Israel ou “Terra Prometida” e vaga pelo deserto por 40 anos. Após isso, no século XII a.C., instala-se o reino de Israel com o primeiro rei Saul, depois Davi (que unificou Israel) e por último Salomão. Daí em diante a história é mais longa ainda e Israel se desintegra e passa por domínios de Alexandre Magno, Romano (na época de Jesus esse era o domínio vigente), Otomano, Bizantino, Cruzados e por último por domínio britânico. Até que em 1947 a ONU propõe a criação de um estado árabe e um estado judeu. E em 14 de maio de 1948 finalmente criou-se o Estado de Israel. 

David Ben Gurion, Golda Meir, Yitzack Rabin, Shimom Peres, entre outros, foram valentes judeus que labutaram pela independência de seu povo e pela paz no Oriente Médio. Rabin, Peres e Arafat chegaram até a ser agraciados com o Nobel da Paz em 1994. Legítima luta a deles. 

Mas não podemos negar que Israel se faz de vítima de sua história de povo perseguido e exilado, somente recentemente instalado em seu território de origem, para vingar seu ódio contra seus irmãos árabes, apoiados que estão, e sabem muito bem disso, econômica e belicamente pelos poderosos do mundo, matando crianças e idosos árabes com seus mísseis de tecnologia de ponta e mira milimétrica. Sessenta milhões de dólares Israel já gastou só com mísseis nesses últimos dias bombardeando os palestinos em Gaza. O que está acontecendo na Faixa de Gaza é uma chacina, um genocídio, uma carnificina, que Israel devia se envergonhar de proporcionar até por lembrar-se de sua própria história quando foi vítima da mesma covardia cruel no holocausto ao seu povo imposto pelos nazistas na segunda guerra mundial. De toda sua história, se vitimiza para o mundo até hoje. Mas em momentos históricos como agora age como algoz impiedoso... Por todo sofrimento que o povo hebreu passou ao longo de sua existência, a lógica era de ser um povo acolhedor e tolerante e não beligerante. É... sem antissemitismo nenhum, mas com eles foi perseguição, genocídio, holocausto... no dos árabes palestinos é refresco... covardia das grandes... Assim não vale, povo eleito de Deus.

Allan Roberto Costa Silva, médico, ex-Presidente da Câmara Municipal de Pedreiras, membro da Academia Pedreirense de Letras e da Associação dos Poetas e Escritores de Pedreiras – APOESP.
arcs.rob@hotmail.com ou allanrcs@bol.com.br

8 comentários:

  1. JOSÉ QUEIROZ NETO - SAO LUIS26 de novembro de 2012 às 16:40

    BELA E PROFUNDA LIÇÃO DE HISTÓRIA O AUTOR NOS DÁ.
    É DE FICAR NA ANSIEDADE ESPERANDO A SEMANA SEGUINTE PARA LER ESSA COLUNA. O ALLAN É UM INTELECTUAL DE LINHAGEM NOBRE, DE INTELIGÊNCIA ÍMPAR, CULTURA VASTA E CAPACIDADE DE ARGUMENTAÇÃO INIGUALÁVEL.
    MR. HEEL, PARABÉNS PELA DECISÃO DE CRIAR ESSA COLUNA QUE ENRIQUECE O BLOG E PREMIA SEUS INTERNAUTAS.
    MUITAS VEZES VEJO AQUI ALGUMAS PESSOAS TENTANDO DENEGRIR A MORAL E A HONRA DO AUTOR E DIMINUIR SUAS QUALIDADES. É PORQUE NINGUÉM JOGA PEDRA EM ÁRVORE QUE NÃO DÁ FRUTO.
    QUANTO À IDÉIA DEFENDIDA NO ENSAIO, CONCORDO COM O AUTOR.

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  2. eita que esse dotô é o cara mesmo. o homem entende de tudo rapá. agora dá lição de historia e biblia, de judeus e dos homens bomba da palestina. só dar de mestre. a petezada babona do governo morto deve morrer de inveja. e depois ainda dizem que o dotô é doido. com essa capacidade eu tambem queria ser maluco e doidao. valeu, allan. vc nos mata de orgulho.

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  3. Muito bem enfatizado o contexto histórico sobre a origem e evolucão do povo hebreu/árabe ao longo da história. Logo no início, meu nobre deixou de enfatizar a promessa que Deus fez a Abraão, quando disse "que faria da descendência dele, uma grande e "próspera nacão", enquanto que para Agar foi apenas que seria uma "numerosa nacão",e é o que vemos atualmente. Quanto à atuacão de Israel nos conflitos, chega a ser desproporcional, mas se observarmos melhor a origem de todos os confrontos, vemos que Israel sempre sofre a primeira ofensiva pra depois se defender. Também existe uma filosofia árabe,que treina seus jovens guerrilheiros desde criancas a odiarem a nacão judaica, em que objetivam lutar até eliminar todos os judeus da face da terra. Externamente grupos de ativistas anti-semitas, do Movimento Anarquista e outros mais, constantemente levam armas de guerra, camuflados como ajuda humanitária. Isto é profético, mas terá um final em breve, na Batalha do Armagedoon, onde Deus dará vitória ao povo judeu da promessa divina. Jerusalém, capital mundial das religiões, será o centro de atencão do mundo inteiro, após a segunda vinda do Messias, onde alí eles reconhecerão Jesus Cristo como o Senhor de todas as nacões.(Filipenses 2.10,11)

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  4. John Guttenberg

    ok, gostei da "materia", mas vamos lá:

    Existem dois fatores que estimularam a crise entre judeus e árabes. Na verdade, ambos viveram em paz por muitos anos, dentro do território de Israel e também em nações árabes.

    O primeiro fato foi a política diplomática da Inglaterra, que ao ocupar um território sempre usou a estratégia de fomentar a inimizade entre grupos que pot
    encialmente têm diferenças mas que viviam em harmonia. Assim, quando Israel foi ocupado pelos ingleses ocorreu este fato, e de forma sutil foi estimulado esta inimizade entre judeus e árabes.

    Outro fato foi a não aceitação das nações árabes em aceitar a determinação da ONU de Israel voltar a ser a nação do povo judeu. Isto tem implicações sociológicas, políticas, mas sem dúvida também espirituais, pois sempre que Israel voltou a ser uma nação, causou uma grande resistência das nações vizinhas, neste caso também fomentadas pelos espíritos malignos, além dos interesses políticos.

    Quanto aos palestinos, quem começou este problema com os palestinos não foi Israel, mas as nações árabes que atacaram Israel logo que a nação passou a existir em 1948, e a partir daí os palestinos passaram a ser os bodes expiatórios de toda esta crise. Usando atitudes esquizofrênicas, ora com manifestações de paz, ora explodindo ônibus e jogando foguetes em Israel. Além de encontrar na imprensa mundial um aliado, não perdendo a oportunidade de mostrar crianças mortas, vítimas dos ataques israelenses, mantendo uma máscara hipócrita, pois a imprensa não divulga o fato das crianças serem colocadas como escudos humanos e serem literalmente sacrificadas para alimentar a própria informação publicada na imprensa. Nestes casos, a imprensa que informa erradamente, de certa forma se torna também responsável pelo sofrimento destas crianças, que são usadas como escudos para soldados terroristas e também para fomentar a informação anti nação de Israel.

    A verdade é que Israel é a única nação democrática do Oriente Médio, e se Israel agisse como agem as nações que são seus inimigos, então os palestinos estariam numa situação desastrosa. Se um soldado Israelense gritar com um manifestante palestino isto pode gerar uma reação da imprensa, mas quando os soldados do Hamas arrastam pelas ruas um corpo de uma pessoa morta, dilacerando o corpo a vista de todos, então a imprensa parece ficar anestesiada. ESTRANHO, NÃO É?

    Pois é, se nós não divulgarmos o lado de Israel, ninguém fará. Então, todos os judeus e simpatizantes do judaísmo precisam se esforçar e divulgar sem cessar, a verdade sobre o CONFLITO NO ORIENTE MÉDIO. Concluo usando as palavras da ex primeira ministra de Israel dizendo: "Nós podemos perdoar os Árabes por matar nossas crianças. Mas não podemos perdoá-los por nos forçarem a matar suas crianças. Nós só teremos paz com os Árabes quando eles amarem suas crianças mais do que nos odeiam”!

    grande abraço fraternal: Shalom!

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  5. Isso é para quem tem fé e quem analisa as escrituras e as evidenciam com fatos históricos. Essa história (Árabes e Judeus)é o começo e o próprio fim. Antropomorficamente falando, israel é o relógio de Deus. Nada que os árabes façam sozinhos derrubará o estado judeu, exceto quando o mundo se voltar contra Israel. Eu disse "quando" porque biblicamente falando, isso acontecerá um dia e quando isso ocorrer será o tempo do Senhor. Infelizmente, muitas pessoas ficam alheias ao que acontece nesse conflito, mas a bíblia nos dá diversas evidências acerca dos tempos do fim, e esta é uma das pricipais.
    "Examinai as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim." - Jo 5.39

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  6. "O palestino é um povo semita, tendo sua origem na Península Arábica. A maioria dos palestinos é ligada à religião islâmica ou muçulmana e outra parte é formada por católicos hortodóxicos ou romanos, outros são pagãos. Muitos deles foram judeus que se converteram.

    A situação de conflito no Oriente Médio é conseqüência da Segunda Guerra Mundial, que fortaleceu a idéia sionista do judeu voltar para a Palestina e, em 1948, fundar o Estado de Israel.

    No mundo imperialista, o poderoso impõe regras, no entanto, acredito que essas são provisórias, porque regras impostas não têm efeitos perpétuos.

    Quem paga por essa guerra é o povo palestino e também judeu, pois é o judeu simples que está na frente dos combates, morrendo, enquanto os grandes empresários sonham com o poder.

    Na verdade o interesse é na região, talvez por causa do petróleo. É uma área cobiçada, tanto que os países imperialistas acharam interessante apoiar ali, a fundação do Estado de Israel."

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  7. Sei q aki na cidade ja tem muçulmanos e judeus. O Zé Luis é muçulmano e o Gutemberg estuda pra ser rabino e já tem um grupo de mais de 20 judeus. Quero ver o zé luis andando de turbante pela cidade e o gutemberg com aquele chapeuzinho judeu igual o que o papa usa. E só acredito mesmo q o ze luis é de maomé e alá se ele amarrar um monte de bomba no corpo dele e se explodir na rua grande como faz um verdadeiro muçulmano ou ele botar um carro bomba na casa do lenolixo que demitiu ele. KKKKKKKKKKKKKKK

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  8. Assim como os muçulmanos têm direito a uma nação, Israel também pode e deve ser reconhecida e respeitada como uma nação.

    O fato é que se hoje Israel abandonar suas armas será dizimada em instantes e, se os muçulmanos abandonarem as armas, aí sim, tanto Israel como os demais países viverão em paz.

    As pessoas criticam a represália de Israel com relação aos ataques dos árabes.
    Acontece que, por exemplo, se o Paraguai explodir bombas e mísseis no Brasil é obvio que o exército brasileiro não vai ficar de braços cruzados; o país atacado vai revidar e, logicamente sempre com maior intensidade e veemência, pois deve mostrar sua superioridade e compromisso com seu povo.

    Não é covardia o que Israel faz com os palestinos que bombardeiam seu país. É o que qualquer nação do mundo faria com terroristas. A resposta deve ser à altura. Mesmo Israel desejando viver em paz com seus vizinhos não consegue, simplesmente porque o povo árabe odeia os judeus, são ensinados desde a infância a desejar ardentemente o extermínio dos Israelenses e até, trata como verdadeiro mártir e herói nacional quem se suicida para matar alguns judeus.

    Os muçulmanos insistem em tomar a força a cidade de JERUSALÉM. Cidade esta que nunca pertenceu a nenhum outro país do mundo senão, ao sofrido povo judeu. Biblicamente e historicamente Jerusalém sempre foi e sempre será de Israel.

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Pedras Verdes, Pedreiras, MA, Brasil.