Que Vistam as Carapuças! (por: Charles Krause )


Na esfera nacional vemos pela primeira vez na história desse país, políticos de tão alto gabarito, sendo condenados, sentenciados e podendo ficar atrás das grades em função dos seus atos de corrupção. Toda essa conjuntura traz esperança a nós brasileiros, uma vez que o reflexo desse julgamento lá em Brasília deve ser sentido em toda nossa querida pátria amada. A exemplo do que acontece na capital, político nenhum, nos mais longínquos lugares desta nação sentir-se-ão tão à la vonté para agir de maneira tão inescrupulosa e corrupta como dantes. 

Quanto à afamada Princesa do Mearim, amada por uns e usurpada por outros. Há tempos, clama, brada, reclama, chora, lamenta... A saber, é bem verdade que há um discurso ufanista pairando no ar da política pedreirense, entretanto, por outro lado, expectativas um tanto utópicas ou ainda distantes, mas que certamente causará alvoroço por parte de muitos políticos, quer sejam natos ou não. Indubitavelmente, todos nós vivemos uma dualidade constante, ou seja, nossas escolhas são necessárias quando estamos diante de determinadas situações. Desta forma, os dois lados da vida, a dualidade humana, não poderiam ser mais bem representados, se não pela célebre frase de William Shakespeare “Ser ou não ser, eis a questão.” Portanto, como ainda respiramos política, cabe essa reflexão, no sentido de melhorarmos socialmente, democraticamente e, sobretudo, politicamente. 


Candidatar-me ou não me candidatar (Eu acho que eu ganho, tenho dinheiro para gastar!) 
Gastar ou não Gastar. (Depois eu posso recuperar.) 
Difamar ou não difamar. (Se eu sou ruim, eles são piores que eu.) 
Fazer boca de urna ou não fazer. (Se não for assim como vou me eleger?) 
Dar material de construção ou não dar. (Meus eleitores precisam mesmo melhorar suas casas.) 
Dar cesta básica ou não dar. (Não posso deixar desamparado o meu eleitor necessitado.) 
Dar brinquedo às crianças ou não dar. (Afinal, as crianças são minhas futuras eleitoras.) 
Pagar contas de água/luz ou não pagar. (Não posso deixar meu eleitor no escuro e nem sem água.) 
Melhorar o sorriso do meu eleitor ou não melhorar. (Afinal, o que importa é a alegria do meu eleitor.) 
Dar uma consulta na clínica ou não dar. (Não posso deixar meu eleitor sem dente, cego ou doente.) 
Comprar um remédio na farmácia ou não comprar. (Deus me livre! Isso eu nem quero pensar, vai que meu eleitor morre.)

Dar um emprego ou não dar. (É melhor dar, pois eu não quero ninguém no meu pé depois de eleito.) 
Corromper ou não corromper. (Quem dirá que eu sou corrupto? Pois, estou apenas ajudando os necessitados, afinal eu sou POLÍTICO! 

É pelo fato de acreditarmos que nada no mundo é imutável que devemos agir e, nunca de forma alguma ficarmos inertes quando ainda temos forças (nós o povo). Afinal, vivemos ou não em um Estado Democrático de Direito? Enfim, que nossa política seja cada vez mais democrática e não oligocrática ou aristocrática! 

Charles Krause 

Escritor, poeta e professor de Língua Inglesa. Graduado em Letras e Pós-graduado em Docência do Ensino Superior.

1 comentários:

  1. O rapaz tem conhecimento de causa e tem visão crítica. Agora só precisa trabalhar mais a redação, pois, tem horas que a gente não sabe o que ele quer dizer. Se continuar escrevendo vai melhorar e muito a colocar as ideias no papel. Muito bom o texto.

    Dr. Dalluz Guedys
    Advogado - São Luís/MA
    Agora com OAB

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