Eleitor, tão simplesmente é aquele que elege: alguém, alguma coisa uma situação ou circunstância. Na vida passamos por momentos que dependem de eleições: a escolha de uma roupa, de um calçado, um carro ou mesmo uma marca qualquer; em outro instante o processo eletivo pode ser aceito de forma indiscutível - Quem já passou por uma cirurgia eletiva sabe do que estou falando. Em nossa existência os momentos de escolhas nunca param e sempre estão intrinsecamente a mercê de outras pessoas, na escola, no clube, na igreja, no bairro, em casa. Dentre todas as ocasiões, existe uma elegante opção que o homem concebeu, criou, alimentou e transformou em aberração: a política democrática representativa direta, esta, vem sendo feita depois dos tempos da ditadura, que sem qualquer disfarce, vem de“cara limpa” e com pedido de vistas e tudo.
Nesta nação, déspotas vestem toga e se entrelaçam com faixas transversais no peito. Nos grandes bolsões de pobreza ou nas ilhas de corrupção, valor mesmo, só quem tem a herança nobiliárquica. Já não se precisa nem ter o “sangue azul”, só cara de pau e ovo virado para o sul.
Não sei por que, aprendi que aqui no Maranhão oligarquia rima com orgia: um pequeno grupo de políticos compartilhando relações e interesses legais e carnais, sempre no “quarto escuro”. Quando entra alguém do povo é só para aumentar a sacanagem – seria isso uma plutocracia? Ainda há quem pense nessa terra encardida que o cachorro do Mickey Mouse (o rato) faça parte dessa 'zoofilia' política.
Que maravilha seria o governo de Deus na terra; mas, sem os pecadores. O governo religioso, tão sonhado por muitos, mas só alcançado pelos tiranos, trazem a tona o lado mais doentio, controlador e obscuro do poder.
Quantos aspirantes a absolutistas têm em nossa terra? Garanto-lhes que temos alguns mirrados; todavia, me preocupo com aquele que fica calado conjecturando sobre a vida dos outros e projetando com estudos sorrateiramente maquiavelistas mais quatro anos de poder.
Vou ficando aqui com minha meia anarquia, tentando fazer que o voto tenha mais valor. Enquanto a política da indiferença, sodomia e da coerção for a ideologia que constrói nosso futuro, permanecerei aqui vendendo meus bonecos e soltando minhas pérolas políticas.
- Há sim! Antes que eu esqueça: quanto vale um eleitor?
- Perguntar isso é o mesmo que questionar: Quanto mede uma corda, alguém sabe?
Profundo.
ResponderExcluirReflexivo.
Brilhante.
Parabéns por este texto Mr.hell, assim que queremos o Pedras Verdes.
Um grande presente nesse domingo, acordar cedo pra ver o Santos jogar e ler um texto desses já valeu, podemos até perder para o Barcelona, mas a esperança que o seu texto me trouxe já me alegrou o dia.
Um grande abraço
De um leitor diario e fã do Blog