COLUNA DA MÔNICA | INTRODUÇÃO ALIMENTAR - PARTE II- COMO INICIAR


Como mencionei no post passado (para quem não acompanhou, acesse http://www.pedrasverdes.blog.br/2016/12/coluna-da-monica-introducao-alimentar.html) trataremos da Introdução Alimentar (IA) por partes, de uma forma lenta e gradual. Agora que já sabemos quando iniciarmos a IA, vamos aprender como deve ser feita. É importante ressaltar, que nada aqui escrito, por mais claro que pareça, substitui o acompanhamento de um profissional, pois aqui, são expostas informações que se encaixam com a maioria dos casos, seu filho pode não ser igual a maioria, e deve ser analisado globalmente, o que só um profissional capacitado fará. 

A peça chave para uma boa IA é a organização que o cuidador deve ter. Você deve disponibilizar do seu tempo para garantir que ocorra da forma mais eficaz possível, doando-se de verdade à tarefa. Primeiro, lembre-se, que o aleitamento materno não deve ser retirado. Deve haver complementação com outros alimentos e o leite do peito deve permanecer até os dois anos de idade ou mais. 

No início da alimentação complementar, os alimentos oferecidos à criança devem ser preparados especialmente para ela. Os alimentos devem ser bem cozidos. Nesse cozimento deve sobrar pouca água na panela, ou seja, os alimentos devem ser cozidos apenas em água suficiente para amaciá-los. Falando em textura, há muito foi proibido a utilização de peneiras e liquidificadores no preparo dos alimentos dos bebês. Recomenda-se o uso de garfo para diminuição, e não desaparecimento, dos pedaços na preparação dos purês. Denomina-se purês (e não papas), os primeiros alimentos processados para oferecer às crianças na iniciação de sólidos. A consistência espessa é importante para estimular a mastigação, fortalecer a gengiva e dentição e garantir um aporte energético/nutricional significativo. 

Não deve-se estipular horários rígidos para as primeiras ofertas, pois isso dependerá do horário da última mamada, já que é necessário que a criança tenha apetite, para que haja interesse no que se tem ofertado. Apesar da expectativa que o cuidador cria, nem sempre a primeira oferta é aceita de bom grado. A criança pode rejeitar os primeiros alimentos, pelo fato de ainda não perderem totalmente ato de protrusão da língua e não saberem lidar com algo sólido, o “cuspindo” ao invés de “engolir”. A falta de intimidade com a colher, o sabor e a consistência, também contribuem para que haja uma “possível” rejeição dos alimentos. Isso não deve ser encarado como um fator para eliminar determinadas preparações ou alimentos do cardápio da criança. O ministério da saúde recomenda que uma alimento deve ser oferecido de 8 a 10 vezes, para o mesmo seja categorizado de “não gosto” da criança. 

Desde cedo a criança deve acostumar-se a comer alimentos variados. Só uma alimentação variada evita a monotonia da dieta e garante a quantidade de ferro e vitaminas que a criança necessita, mantendo uma boa saúde e crescimento adequado, porém, deve-se oferecer apenas um alimento novo, de cada vez, facilitando a possível identificação de alergias ou problemas gastro intestinais. 

Não é necessário a adição de sal ou açúcar nas primeiras preparações, permanecendo com a abstenção de sal até o nono mês. Açúcares e derivados devem ser evitados até 2 anos, pois estudos comprovam que o oferecimento dos mesmos, foram associados a altos índices de obesidade infantil e problemas metabólicos, além do que, nessa faixa etária há formação de hábitos alimentares de valores, portanto, é fase em que se deve oferecer uma gama de alimentos saudáveis e evitar qualquer tipo de influência negativa alimentar. 

Resumindo, inicie com as frutas, apenas uma por vez (não misture vários tipos), pois o sabor doce que se confere a elas aproxima-se do sabor do leite e, é provável que haja sucesso na adesão. Ofereça no horário de maior apetite, recomenda-se próximo ao horário do almoço. No início, por volta do 6º e 7º mês, a oferta é de dois purês doces e um salgado (contemplando, lanhe da manhã, almoço e lanche da tarde). 

A consistência da dieta deve ser aumentada gradativamente, respeitando as habilidades da criança. A partir do 8º mês a criança pode receber os alimentos consumidos pela família, desde que amassados, picados, desfiados, e além das duas refeições doces e uma salgada, já pode estar sendo ofertado, também, o suposto “jantar”.  Ao 10º mês a criança já deve estar recebendo alimentos granulosos e objetivo é, que ao chegar ao 1º ano de vida, essa criança esteja adaptada, aos alimentos (saudáveis) da família, e não haja mais necessidade de uma preparação exclusiva, separada e processada (amassada) especialmente para ela. 

A formação do hábito alimentar da criança começa com a introdução da alimentação complementar. Assim, a família precisa ficar atenta e garantir a melhor qualidade dos alimentos para a criança, para que elas cresçam e sejam adultos saudáveis. Embora tenhamos abordado as principais dúvidas e diretrizes da IA, o tema é complexo, e ainda muito a se dizer, portanto ratifico, a escolha de um profissional capacitado ainda é a melhor medida a ser tomada quando seu filho chegar nessa linda fase do consumo dos alimentos. Até breve, 

Contatos: 
Atendimento Seg. à Sex. Hospital Walber Rodrigues da Cruz 
Atendimento Domiciliar 
Fone: (99)981969705 Email: monica.brasilleal@hotmail.com
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