COLUNA DA MÔNICA | INTRODUÇÃO ALIMENTAR- PARTE I- QUANDO INICIAR?


Olá,

Quando chega a hora de iniciar as primeiras “colheradas” dos nossos pequenos toda mãe sente uma aflição. Vamos tratar hoje da fase ideal para que essa etapa se inicie. Mas antes, quero informa-los, que a INTRODUÇÃO ALIMENTAR por ser um assunto detalhado e extenso, trataremos dele por partes. Inicialmente, falaremos do “momento” em que deve acontecer e nos posts seguintes, em como isso se dará.

Os primeiros anos de vida de uma criança é fundamental, uma vez que alterações ou desajustes em fases precoces da vida podem resultar em consequências em longo prazo para as funções fisiológicas, e a nutrição, assume papel crucial nessa fase. A carga cultural que herdamos, nos faz, muitas vezes, comprometermos todo o hábito alimentar e estado nutricional das crianças.

Uma série de informações duvidosas são recebidas quando chega a fase da criança iniciar suas “primeiras colheradas”, mas será que estamos realmente fazendo o que é correto¿ Raras as vezes em que se procuram um profissional para receber as orientações necessárias, para iniciar uma fase tão importante e perpétua da vida dos nossos filhos.

Tudo se inicia com o leite materno, que é o alimento ideal para o bebê, sendo exclusivo nos primeiros seis meses de vida. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a amamentação é fundamental para a saúde e desenvolvimento da criança devido às vantagens nutricionais, imunológicas e psicológicas. Depois dos seis meses, com o objetivo de suprir suas necessidades nutricionais, a criança deve começar a receber alimentação complementar (AC) segura e, nutricionalmente, adequada junto à amamentação, até os dois anos de idade ou mais.

Mas porque não iniciamos antes dos 6 meses essa AC? É desaconselhável a prática de oferta de alimentos sólidos e pastosos nos primeiros seis meses, pois a maturidade fisiológica da criança não foi desenvolvida o suficiente, e até então, o leite, por si só, atende as necessidades. Essa idade ideal foi determinada pois aos 6 meses, a criança começa a sentar sem apoio do tronco, já consegue pegar os alimentos e levá-los à boca, passar de uma mão a outra, além de ter a mastigação e deglutição mais coordenada, começa a perder o reflexo de protrusão da língua e toda a visão está mais nítida e clara.

O início precoce da introdução alimentar acarreta grandes prejuízos, pois, os rins e o sistema digestivo da criança menor de seis meses ainda são imaturos, limitando sua habilidade em manejar alguns componentes diferentes do leite humano. Existe ainda a vulnerabilidade à diarreias, infecções e desnutrição, que podem levar ao comprometimento do crescimento e do desenvolvimento. Além disso, a introdução prematura de alimentos faz com que a criança passe a mamar menos, com consequente diminuição da produção de leite pela mãe, redução na duração do aleitamento materno, diminuição da eficácia da amamentação como meio contraceptivo e forte interferência no comportamento alimentar da criança.

E os bebês que já desmamaram e estão somente com fórmula infantil, quando iniciar a alimentação complementar? A orientação da Sociedade Brasileira de Pediatria, da Academia Americana de Pediatriae do European Society for Paediatric Gastroenterology, Hepatology and Nutrition(ESPGHAN) é que, na impossibilidade de aleitamento materno, seja usado fórmula infantil. A introdução alimentar deverá seguir o mesmo padrão preconizado para aquelas que estão em aleitamento materno exclusivo, ou seja, a partir dos 6 meses. Isso pelo próprio fato do desenvolvimento da criança não estar apto para receber sólidos antes disso. Mas o ideal, é que seja feita uma análise especial para as crianças ofertadas por fórmulas, de um especialista na área (médico pediatra), para encontrar um boa recomendação de período de introdução, pois, são analisados, fatores como desenvolvimento e estado nutricional da criança em questão.

O início tardio dessa AC também é desfavorável, pois como já mencionado, a partir dos 6 meses o leite materno, sozinho, não é mais suficiente, porém não deve ser excluído, permanecendo até aos 2 anos ou mais. Podem ocorrer consequências como, aumento do risco de deficiências nutricionais, podendo ocorrer um retardo no crescimento das crianças, e até mesmo de doenças alérgicas, ocasionadas pela não formação de enzimas necessárias para digestão de determinados alimentos que não expostos as crianças na época certa.

Conhecendo pois, como se dá o início, ressalto, não descartem os profissionais que acompanham seus filhos, eles terão a maior capacidade de orientá-los quando as medidas a serem tomadas.


Contatos:
Atendimento Seg. à Sex. Hospital Walber Rodrigues da Cruz
Atendimento Domiciliar
Fone: (99)981969705 Email: monica.brasilleal@hotmail.com
Comentários

0 comentários:

Postar um comentário

Pedras Verdes, Pedreiras, MA, Brasil.