OS 80 ANOS DE JOÃO DO VALE NÃO QUER CALAR: O outro lado da história de João que “MUITA GENTE DESCONHECE”

Por: José Luiz

É incrível como a capacidade de hipocrisia de alguns artistas de nossa terra é tamanha, se João do Vale não fosse por ele mesmo ainda hoje continuaria Um João ninguém, fazendo jus do que ele mesmo dizia em suas músicas, pois muitos que estão hoje por aí nos cantos de Pedreiras, o exaltando, em músicas e em poesias só o conheceram mesmo na fama, porque na cama doente, nunca quiseram conhecê-lo! 

João nos seus últimos dias de vida simplesmente foi ignorado e passou despercebido inclusive pela família, um dos filhos dele que está sempre por aqui, esse eu tive o desprazer de conhecer, só vem a Pedreiras para fazer igual a muitos que já estão aqui, para aproveitarem-se da história de João, o mais precioso diamante negro que já apareceu nessa mina chamada Pedreiras. 

Quando vem um desses canais de televisão do sudeste ou da capital; a disputa pelos holofotes é intensa, e muitas vezes eu me pergunto por que esse grupo de artistas que acompanha esses canais, fornecendo mapa e o roteiro, galgando seu espaçinho debaixo das asas do caracará, não leva essas equipes, até o túmulo do João, lá no Alto São José? Para verem a situação e o desprezo daquele local, talvez encontrassem até limpo por causa do dia de finados, e não por causa de João! 

Achei Intrigante esse documentário da TV Mirante que fala dos 80 anos da vida e morte de João, e não retrata ou da ênfase ainda que fosse um pouquinho da sua morte ou do seu tumulo, onde foi enterrado o Maranhense do Século, olha a Rua da Golada! E sua verdadeira identidade, só dando umas boas goladas de doses ou lapadas de cana temperada, como João gostava para agüentar o odor do lixo do local; porque não mostraram o Centro Cultural João do Vale, lá no Lago da Onça a mais de um ano abandonado. 

É fácil aparecer e ao mesmo tempo esconder-se por trás dos vidros fumês colando adesivos nos vidros dos carros e fazendo um falso tributo a João, para depois numa licitação fazer o ilícito na terra de João, assim, enganando os seus pares como numa simples pintura do grupo Escolar do Lago da Onça; que custaram (sete mil reais) 7.000,00; não sei se de tinta “furta cor” que se mistura com roubo ou de “hidracor” que se mistura com água da mais barata o certo é que o valor daria pra fazer duas ou mais salas na escola ou quem sabe até mesmo construir um posto de saúde que não tem na comunidade e isso o resultado dessa nova gestão. 

Se João dependesse desses tipos de fãs, perderia a vaga de novo para os filhos desses tipos de coletores de nossos impostos, dinheiro público e ainda hoje continuaria analfabeto. É muito fácil querer aparecer à custa de João, como fez o governo passado abandonando totalmente o prédio da prefeitura por sete anos, um dos prédios mais lindos do Maranhão, para querer em sete meses no fim de seu mandato transformar o carcará numa fênix, para depois ressurgir das cinzas. Mas, o que se sabe é que o projeto do Memorial João do Vale; ou seja, o carcará quase se transformou mesmo foi numa “garrinha”; Um rouxinol! Avezinha enjoada, que faz uma zoada danada nas cumeeiras das casas. 

João do Vale! valia e vale muitos mais que isso, merecia um memorial dos alicerces ao teto e não uma Idea de jerico que custou aos cofres públicos quase um milhão de reais, para dar um memorial a João e deixar Pedreiras sem prefeitura. João para levar o nome de Pedreiras onde levou, nunca precisou se aproveitar da música de ninguém para conseguir esta conquista, ele foi ele mesmo construiu o seu próprio legado. Hoje vejo que este documentário da TV Mirante teve um único objetivo: o de maquiar mais uma vez o outro lado da historia de João que MUITA GENTE DESCONHECE, esse mesmo que nasceu aqui em Pedreiras, cresceu, voou nas asas do caracará, brincou, cantou, viveu e profetizou, vindo morrer na sua terra natal do jeitinho que sempre dizia “Quem nasce pra pataca nunca pode ter Vintém”. Morreu pobre mais com um rico acervo histórico e musical para ser explorado por aqueles que nunca se quer moveram uma palha por ele.