MUITA ORGIA E POUCA MERITOCRACIA


Uma das coisas mais tristes e injustas quando se fala em administração pública é falta de critérios que privilegiem a escolha, distribuição de cargos e remanejo de setor; exoneram-se dos seus postos funcionários que satisfazem plenamente seu trabalho sem qualquer descumprimento das funções lhes atribuídas. Este fenômeno podemos comumente observar em todos os níveis da hierarquia público administrativa, sobretudo no inicio de cada Governo Municipal. 

Os melhores cargos em nossa brava e sonolenta terra é um prêmio para aquele que levanta a maior e mais alta bandeira, perde quilos atrás de seu candidato, bate e apanha pelo seu partido ou simplesmente se encaixa direitinho no “esquema”; dependo da doação sobra vaga até para o cachorro da família - Se acho injusto? Não, pois esta é uma alternativa legal: no entanto muito prejudicial para o conjunto. Este sistema político é semelhante à lógica de um usuário de drogas, a recompensa pode ser muito prazerosa a curto e médio prazo, porém em longo prazo o preço será cobrado. 

A meritocracia cá por estas bandas ficou apenas nos assentos das faculdades ou nas páginas dos “jornais higiênicos” visto que não se aplica tal sistemática que rege este conceito: “Sistema (p. ex., educacional ou administrativo) em que os mais dotados ou aptos são escolhidos e promovidos conforme seus progressos e consecuções: sistema onde o mérito pessoal determina a hierarquia”. 

Em nossa sociedade o mérito é de quem tem mais valores ou o valor é de quem tem mais mérito? Não é difícil responder esta questão é só olharmos um pouco mais atrás nas alternâncias de poder. Quem paga por esta prática é o profissional que ocupava o cargo e o cidadão que perde qualidade no atendimento, serviços prestados e consequentemente descontinuidade em projetos e processos planejados dentro do sistema público. 

Acredito que chegará o dia onde serão respeitados as experiências profissionais, a dedicação, competência, intelectualidade e desempenho sendo que os verdadeiros e únicos interesses a serem contemplados: serão os interesses coletivos. A classificação para o cargo, não será por atributos físicos, gastronômicos, parvoejados ou revolvidos na boca, nem horizontalmente e tão pouco em atividades orgíacas.

3 comentários:

  1. É... Diante de colocações realistas como essas que cada vez nos sentimos mais inoperantes contra o SISTEMA.

    A verdade dói até mesmo em quem não consente com ela...

    Pedras você "falou e disse"...

    Só nos restar assinar embaixo em solidariedade com sua indignação!

    Só pra deixar claro aos desavisados, principalmente os que fazem parte mais intimamente do SITEMA:

    meritocracia
    Significado de Meritocracia
    s.f. Sistema (p. ex., educacional ou administrativo) em que os mais dotados ou aptos são escolhidos e promovidos conforme seus progressos e consecuções; sistema onde o "mérito pessoal" determina a hierarquia.



    Cálida

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  2. Mais que razão vc tem Pedras,
    ontem dia 09 quarta feira, tive o prazer de pela primeira vez entrar no nosocomio administrativo de Pedreiras;fiquei assustado com o número de pessoas nos corredores,pensei, está havendo alguma manifestação.
    Nao,
    era apenas o número quase infindavel de funcionários sem tarefas a realizar, um edema de pessoas atrelado a um fim que manifesta-se de quatro em quatro anos.
    E não não copa do mundo.
    Ass CELSO....

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  3. Mr. Heel, o blog explora um dos males mais cruéis das administrações públicas comezinhas das cidades de nossa região, talvez de todo o interior do estado maranhense, quiçá do nordeste brasileiro. O sistema impõe que despreparados ocupem cargos de quem está no mínimo já treinado para o desempenho de funções públicas, comprometendo a continuidade de programas e serviços com graves prejuízos para a coletividade. Além disso, o empreguismo desmedido aos afilhados políticos, fruto dos conchavos do período eleitoral, faz comprometer o bom funcionamento da máquina pública e as receitas municipais a tal ponto que não sobram recursos para os investimentos que essas cidades tanto precisam; algo que a lei complementar 101/2000-Lei de Responsabilidade Fiscal veio para combater e ainda não conseguiu. Em se considerando a situação social das cidades do nosso estado, a carência de empregos, a cultura popular de que a máquina pública tem que absorver tudo e a má fé das lideranças políticas em se aproveitar da situação social ruím para se dar bem eleitoralmente, percebemos que a situação é de difícil solução. E a solução se chegará com governantes comprometidos com a gestão pública séria e transparente e o cumprimento da previsão legal da realização de concursos públicos em todas as áreas da administração pública. Somente assim se extinguirá esse mal que permite a prefeitinhos tiranos como o de Pedreiras retaliar, ameaçar e oprimir pobres servidores de salário mínimo, retirando seu livre arbítrio que Deus lhes deu e permitindo que esse alcaide de reelegesse com o bom uso desse empreguismo e coronelismo eleitoral.

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Pedras Verdes, Pedreiras, MA, Brasil.