AOS NOSSOS POETAS DO IN SOLIDUM - 20 DE OUTUBRO, DIA DO POETA



Nesta pequena "arte" faço uso da licença poética para prestar singela homenagem a quem nos reproduz sem paleta e sem pudor; nos decapita sem que percamos nossas cabeças ou mesmo sintamos dor; nos mostra o norte e o sul sem que olhemos para canto algum; nos fazem entrar em sono REM mesmo de olhos bem abertos; nos transporta a um novo mundo sem precisar de teco-teco; nos conduz até a morte e nos resgata da vida, entre rabiscos e entrelinhas constroem o nosso ser, alimentam egos falecidos, nutrem os que almejam crescer. 

Os ciclos das letras perfazem inúmeros laços com pontas perimetrais, alianças douradas ou disfarçadamente ariadas enroscam-se na trama da existência, abrilhantando vivências que foram primariamente semeadas em nossos quintas. Engana-se quem pensa que o coração é terreno para se plantar um jardim, pois, este pedaço de nós tão insensível é, só fala conosco quando a medonha angina vem cultivar a dor da separação. Confio mais na razão, a mesma que nos conduz e faz com que acreditemos nas linhas imperfeitas que saem das mão dos poetas, afagando nossas instâncias psíquicas, elaborando Aquele ser: patético mas afável; firme porém terno, mortal contudo passional. 

Assim somos nós, não sei os poetas. 

Por: Mr. Heel, BLOG Pedras Verdes


POESIA DE SAMUEL BARRÊTO EM HOMENAGEM AO DIA DO POETA


O Amor Não Tem Cor 

No amor não se pinta de uma só cor,
E tem até quem pensou que era azul,
Na saudade ele sangra cinza em dor
Num bailado do norte para o sul.

Se é vermelho, ele vira libertário;
Já no verde, tem cor da esperança,
Pelas águas singra seu itinerário,
Para vida, é um riso da criança.

Toda cor ela tem o seu lado bom
Faz cantar na leveza de um som
Na pureza que aflora uma raça.

Cada um sabe a cor de ser feliz
E é preciso igualar nossa raiz
Na ternura humana que não passa.


Samuel Barrêto



POR FAVOR POETAS, USEM OS COMENTÁRIOS PARA DEIXAR UMA POESIA.
MUITO OBRIGADO.

13 comentários:

  1. Bem... aproveitando pra replicar o soneto acima num exercício poético...
    .
    .
    .
    O amor, não tão somente furtas cores
    Mas sons, vistas, texturas e odores
    O amor não é apenas acomodo e calma
    Mas tempestades e raios n’alma
    .
    Amar... entre ritos, rituais e mimos
    É entrega e fidelidade, paixão e desatino
    O amor é mais que clandestino e libertário
    E muito se traduz em direito a ser conquistado
    .
    Amor primeiro, único, último ou eterno
    Servido à mesa dos sentidos, tinos
    Tímido ou ousado, sensual ou terno
    .
    Amor realidade, concretude e fatos
    Amor fantasia, idealizado e mitos
    Sentidos, provados, realizados em atos
    .
    Cálida

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  2. UM BLOCO QUE É SÓ MEU

    Nair Maranhão, Nair Maranhão
    Tua folia, tua alegria
    Levo guardada no meu coração.

    Oh Durval, oh Durval
    Quanta saudade do teu carnaval.

    Dos Bailes de fantasias
    Do Rotary e da União
    No Lítero na Noite no Havaí
    Eu conquistei teu coração

    Pierrôs e columbinas
    Saçaricavam no salão
    Entre confetes e serpentinas
    Uma menina
    Relevou a paixão.

    Tremi no Treme-Treme
    Estava Solibrante
    Meu coração fez Tric-Tric
    Fui preso por Corsários
    Cabrante me envolveu
    Fiz de nós dois um bloco
    Que é só meu.

    Pedreiras, minha terra,
    Minha casa, meu chão
    O improviso do meu canto é assim
    Pra enfeitar o teu coração.

    Paul Getty S Nascimento
    APL - Academia Pedreirense de Letras

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  3. Rapaz, confesso que temi na hora do Durval, quantas rimas sujas nos traz o carnaval.

    Paul, avisa pro Filemon, quem sabe ele próprio nos mande um texto.

    Muito obrigado pela sua participação, e desculpe a brincadeira, mas até que tá bonitinho na imagem.

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  4. PEDRA GRANDE

    Autor: Joaquim Filho

    Feita pela Mão Divina,
    Bela como uma princesa,
    És alta, mas não és o Pico da Neblina,
    Causa até versos de rima,
    Nunca vi tanta beleza.

    Nasceste no meio das matas verdejantes
    Do meu querido Maranhão,
    Tu és um símbolo importante,
    Admiro-te de coração.

    Situada no Transwal,
    Entre as lindas palmeiras.
    Quem te conhece sabe que não és asneira.
    Ali, viverás sujeita a qualquer mal
    Do homem irracional.

    Pedra Grande, tu és vida!
    Pedra Grande, tu és riqueza!
    Tu és verdadeira beleza,
    Origem da minha querida
    Cidade de Pedreiras!

    Pedreiras (MA), 13.01.87

    JOAQUIM FERREIRA FILHO
    RUA CORINTO NASCIMENTO, 39 - GOIABAL
    PEDREIRAS/MA.
    (99) 8110.3668

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  5. A Poesia tem dado vida para este blog. Que que no mundo tem poesia!

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  6. CINCO SEGUNDOS... ETERNOS

    Luz vermelha
    Disparada dor
    Cotidiana
    Emana
    A carência
    Sem referência
    e
    Sem paciência
    O sinal vai abrir
    “tio, óia o chiclete”.
    à bala na mão
    não no peito
    no trânsito louco
    transita a fome
    que sujeita o homem
    o sinal tá fechado
    o coração também
    a esperança acelera
    fugiu avenida a fora
    buzina agita
    o peito grita
    o som não sai
    a fome mastiga
    e por aí vai
    o vidro tá limpo
    sou malabarista e brinco
    tio, me dá
    cinco...
    Segundos de atenção .
    Quero quebrar
    dá algema o elo
    evitar o duelo
    ser vencedor
    na batalha final
    ser bem, não mal.
    Chiclete ofertado
    trânsito parado
    vidro fechado
    fim anunciado
    na troca de balas
    com todo efeito
    não mas na mão
    agora no peito
    ajoelho e deito.
    O semáforo abriu.


    Moises Abílio

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  7. Lamina


    A mão que corta a carne
    Afia a dor da vida,
    Treme de medo
    E causa pavor.

    A faca que afia a dor
    Ceifa mil vidas,
    Impõe segredo
    É um horror.

    Corta, corta sem cessar
    Pinga a gota
    Vai crescendo,
    Toma tudo,
    Fome e sede
    Pouco tempo
    Vida jaz.

    Quem ouviu o último grito?
    Cochilava sozinho,
    Estava sem graça
    Vendia promessa
    Queria riqueza
    Sonhava o mundo,
    Enorme e restrito.

    Sento na ponta da estrela
    Vejo alguém chorando
    Tem outro sorrindo,
    Na vida tem festa
    O brilho engana
    A cana vem bem
    Depois da costela.

    A faca afia
    A vida confia
    O medo é sangue.
    Lá vem o pavor
    A morte é dor
    É banho de mangue.


    Samuel Barrêto

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  8. Coisa Amar

    Contar-te longamente as perigosas
    coisas do mar. Contar-te o amor ardente
    e as ilhas que só há no verbo amar.
    Contar-te longamente longamente.

    Amor ardente. Amor ardente. E mar.
    Contar-te longamente as misteriosas
    maravilhas do verbo navegar.
    E mar. Amar: as coisas perigosas.

    Contar-te longamente que já foi
    num tempo doce coisa amar. E mar.
    Contar-te longamente como doi

    desembarcar nas ilhas misteriosas.
    Contar-te o mar ardente e o verbo amar.
    E longamente as coisas perigosas.

    POETA ROBERTO DE DOMINGAS

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  9. Bem... Vamos que vamos!! Usar e abusar deste espaço..Não nos façamos de rogados...rsrs



    Já que estamos falando de poesia...Só pra contrariar...


    "Dissertação"


    Poesia?!
    Que nada!!!

    Na verdade a vida...
    É uma dissertação!!

    E não poderia ser outra coisa
    Pois quem está no comando
    É o soberano livre arbítrio
    Somos livres, autônomos
    Pra entrar, sair, subir, descer
    Não há porta intransponível
    Nem abismo impenetrável

    Excelente máquina humana
    Não há dor insuperável
    Nem alegria que perdure
    Não há tesouro inesgotável
    Nem miséria que muito dure

    A vida portanto é neutra
    Impassível, como as letras
    Um texto a ser escrito
    Na velocidade das máquinas
    Ou na lentidão de um manuscrito

    Ponto de vista, opinião
    Verdade de cada um,
    Versos livres, brancos ou de cor
    Erro, acerto, cilada, empreitada
    Findando com um belo desfecho
    Ou dando-se por terminada


    Cálida

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  10. A vida de certo é ação
    Sempre precedida por uma filosofia
    E se é prosa, rima ou dissertação
    O sentimento é que a faz poesia - Parabéns Cálida

    Por mais genial que seja a tela
    Que o amor no real não se pinte
    Pois é o riso que indefine a bela
    Em Gioconda o amor de Da Vincci - Parabéns Samuel

    Mar: calmaria, tempestade, ondas...;
    Amar: Desejo, cumplicidade, sentimento...;
    Ilha: solidão, inquietude, salvação...;
    Verbo: princípio, movimento, tempo.... - Para béns Roberto

    Continuamos quase todos na mesma marcha
    Em uma cadência desconexa com nossos desejos
    vislumbrando um horizonte onde se encaixa
    Poesia, canção e política sem traquejos. - Parabéns Paul Getty

    Grande, histórica e forte pedra
    Que um rio destacou em suas beiras
    Preciosa e ainda não polida pedra
    Mas já brilha com o nome de Pedreiras. - Parabéns Joaquim

    É um tempo onde tudo acontece
    quando luzes determinam o compasso
    E o mastigado da vida aparece
    Nos olhares que se enfrentam no espaço. - Parabéns Abílio

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  11. Agora nos resta saber quem foi o autor. Quem atira a primeira pedra verde?

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  12. Caro Mr. Heel! Não sou poeta nem professor, mas as quadras acima também levam a minha assinatura.

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  13. FALTA DE OPÇÃO

    Perco-me na imensidão
    Neste deserto de idéias.
    Nado a esmo no mar
    Revolto, onde o sobe e desce
    Faz-me incompreendido,
    As translações são de oscilação
    Tal qual o mar.
    Idéias ao largo
    Largo tudo
    E esgueirando-me pelas
    Frestas dos murais, eu fujo.
    Ou sem opção,
    Escrevo um poema.

    Moisés Abílio

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Pedras Verdes, Pedreiras, MA, Brasil.