Nesta pequena "arte" faço uso da licença poética para prestar singela homenagem a quem nos reproduz sem paleta e sem pudor; nos decapita sem que percamos nossas cabeças ou mesmo sintamos dor; nos mostra o norte e o sul sem que olhemos para canto algum; nos fazem entrar em sono REM mesmo de olhos bem abertos; nos transporta a um novo mundo sem precisar de teco-teco; nos conduz até a morte e nos resgata da vida, entre rabiscos e entrelinhas constroem o nosso ser, alimentam egos falecidos, nutrem os que almejam crescer.
Os ciclos das letras perfazem inúmeros laços com pontas perimetrais, alianças douradas ou disfarçadamente ariadas enroscam-se na trama da existência, abrilhantando vivências que foram primariamente semeadas em nossos quintas. Engana-se quem pensa que o coração é terreno para se plantar um jardim, pois, este pedaço de nós tão insensível é, só fala conosco quando a medonha angina vem cultivar a dor da separação. Confio mais na razão, a mesma que nos conduz e faz com que acreditemos nas linhas imperfeitas que saem das mão dos poetas, afagando nossas instâncias psíquicas, elaborando Aquele ser: patético mas afável; firme porém terno, mortal contudo passional.
Assim somos nós, não sei os poetas.
Por: Mr. Heel, BLOG Pedras Verdes
POESIA DE SAMUEL BARRÊTO EM HOMENAGEM AO DIA DO POETA
O Amor Não Tem Cor
No amor não se pinta de uma só cor,
E tem até quem pensou que era azul,
Na saudade ele sangra cinza em dor
Num bailado do norte para o sul.
Se é vermelho, ele vira libertário;
Já no verde, tem cor da esperança,
Pelas águas singra seu itinerário,
Para vida, é um riso da criança.
Toda cor ela tem o seu lado bom
Faz cantar na leveza de um som
Na pureza que aflora uma raça.
Cada um sabe a cor de ser feliz
E é preciso igualar nossa raiz
Na ternura humana que não passa.
Samuel Barrêto
POR FAVOR POETAS, USEM OS COMENTÁRIOS PARA DEIXAR UMA POESIA.
MUITO OBRIGADO.
Bem... aproveitando pra replicar o soneto acima num exercício poético...
ResponderExcluir.
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O amor, não tão somente furtas cores
Mas sons, vistas, texturas e odores
O amor não é apenas acomodo e calma
Mas tempestades e raios n’alma
.
Amar... entre ritos, rituais e mimos
É entrega e fidelidade, paixão e desatino
O amor é mais que clandestino e libertário
E muito se traduz em direito a ser conquistado
.
Amor primeiro, único, último ou eterno
Servido à mesa dos sentidos, tinos
Tímido ou ousado, sensual ou terno
.
Amor realidade, concretude e fatos
Amor fantasia, idealizado e mitos
Sentidos, provados, realizados em atos
.
Cálida
UM BLOCO QUE É SÓ MEU
ResponderExcluirNair Maranhão, Nair Maranhão
Tua folia, tua alegria
Levo guardada no meu coração.
Oh Durval, oh Durval
Quanta saudade do teu carnaval.
Dos Bailes de fantasias
Do Rotary e da União
No Lítero na Noite no Havaí
Eu conquistei teu coração
Pierrôs e columbinas
Saçaricavam no salão
Entre confetes e serpentinas
Uma menina
Relevou a paixão.
Tremi no Treme-Treme
Estava Solibrante
Meu coração fez Tric-Tric
Fui preso por Corsários
Cabrante me envolveu
Fiz de nós dois um bloco
Que é só meu.
Pedreiras, minha terra,
Minha casa, meu chão
O improviso do meu canto é assim
Pra enfeitar o teu coração.
Paul Getty S Nascimento
APL - Academia Pedreirense de Letras
Rapaz, confesso que temi na hora do Durval, quantas rimas sujas nos traz o carnaval.
ResponderExcluirPaul, avisa pro Filemon, quem sabe ele próprio nos mande um texto.
Muito obrigado pela sua participação, e desculpe a brincadeira, mas até que tá bonitinho na imagem.
PEDRA GRANDE
ResponderExcluirAutor: Joaquim Filho
Feita pela Mão Divina,
Bela como uma princesa,
És alta, mas não és o Pico da Neblina,
Causa até versos de rima,
Nunca vi tanta beleza.
Nasceste no meio das matas verdejantes
Do meu querido Maranhão,
Tu és um símbolo importante,
Admiro-te de coração.
Situada no Transwal,
Entre as lindas palmeiras.
Quem te conhece sabe que não és asneira.
Ali, viverás sujeita a qualquer mal
Do homem irracional.
Pedra Grande, tu és vida!
Pedra Grande, tu és riqueza!
Tu és verdadeira beleza,
Origem da minha querida
Cidade de Pedreiras!
Pedreiras (MA), 13.01.87
JOAQUIM FERREIRA FILHO
RUA CORINTO NASCIMENTO, 39 - GOIABAL
PEDREIRAS/MA.
(99) 8110.3668
A Poesia tem dado vida para este blog. Que que no mundo tem poesia!
ResponderExcluirCINCO SEGUNDOS... ETERNOS
ResponderExcluirLuz vermelha
Disparada dor
Cotidiana
Emana
A carência
Sem referência
e
Sem paciência
O sinal vai abrir
“tio, óia o chiclete”.
à bala na mão
não no peito
no trânsito louco
transita a fome
que sujeita o homem
o sinal tá fechado
o coração também
a esperança acelera
fugiu avenida a fora
buzina agita
o peito grita
o som não sai
a fome mastiga
e por aí vai
o vidro tá limpo
sou malabarista e brinco
tio, me dá
cinco...
Segundos de atenção .
Quero quebrar
dá algema o elo
evitar o duelo
ser vencedor
na batalha final
ser bem, não mal.
Chiclete ofertado
trânsito parado
vidro fechado
fim anunciado
na troca de balas
com todo efeito
não mas na mão
agora no peito
ajoelho e deito.
O semáforo abriu.
Moises Abílio
Lamina
ResponderExcluirA mão que corta a carne
Afia a dor da vida,
Treme de medo
E causa pavor.
A faca que afia a dor
Ceifa mil vidas,
Impõe segredo
É um horror.
Corta, corta sem cessar
Pinga a gota
Vai crescendo,
Toma tudo,
Fome e sede
Pouco tempo
Vida jaz.
Quem ouviu o último grito?
Cochilava sozinho,
Estava sem graça
Vendia promessa
Queria riqueza
Sonhava o mundo,
Enorme e restrito.
Sento na ponta da estrela
Vejo alguém chorando
Tem outro sorrindo,
Na vida tem festa
O brilho engana
A cana vem bem
Depois da costela.
A faca afia
A vida confia
O medo é sangue.
Lá vem o pavor
A morte é dor
É banho de mangue.
Samuel Barrêto
Coisa Amar
ResponderExcluirContar-te longamente as perigosas
coisas do mar. Contar-te o amor ardente
e as ilhas que só há no verbo amar.
Contar-te longamente longamente.
Amor ardente. Amor ardente. E mar.
Contar-te longamente as misteriosas
maravilhas do verbo navegar.
E mar. Amar: as coisas perigosas.
Contar-te longamente que já foi
num tempo doce coisa amar. E mar.
Contar-te longamente como doi
desembarcar nas ilhas misteriosas.
Contar-te o mar ardente e o verbo amar.
E longamente as coisas perigosas.
POETA ROBERTO DE DOMINGAS
Bem... Vamos que vamos!! Usar e abusar deste espaço..Não nos façamos de rogados...rsrs
ResponderExcluirJá que estamos falando de poesia...Só pra contrariar...
"Dissertação"
Poesia?!
Que nada!!!
Na verdade a vida...
É uma dissertação!!
E não poderia ser outra coisa
Pois quem está no comando
É o soberano livre arbítrio
Somos livres, autônomos
Pra entrar, sair, subir, descer
Não há porta intransponível
Nem abismo impenetrável
Excelente máquina humana
Não há dor insuperável
Nem alegria que perdure
Não há tesouro inesgotável
Nem miséria que muito dure
A vida portanto é neutra
Impassível, como as letras
Um texto a ser escrito
Na velocidade das máquinas
Ou na lentidão de um manuscrito
Ponto de vista, opinião
Verdade de cada um,
Versos livres, brancos ou de cor
Erro, acerto, cilada, empreitada
Findando com um belo desfecho
Ou dando-se por terminada
Cálida
A vida de certo é ação
ResponderExcluirSempre precedida por uma filosofia
E se é prosa, rima ou dissertação
O sentimento é que a faz poesia - Parabéns Cálida
Por mais genial que seja a tela
Que o amor no real não se pinte
Pois é o riso que indefine a bela
Em Gioconda o amor de Da Vincci - Parabéns Samuel
Mar: calmaria, tempestade, ondas...;
Amar: Desejo, cumplicidade, sentimento...;
Ilha: solidão, inquietude, salvação...;
Verbo: princípio, movimento, tempo.... - Para béns Roberto
Continuamos quase todos na mesma marcha
Em uma cadência desconexa com nossos desejos
vislumbrando um horizonte onde se encaixa
Poesia, canção e política sem traquejos. - Parabéns Paul Getty
Grande, histórica e forte pedra
Que um rio destacou em suas beiras
Preciosa e ainda não polida pedra
Mas já brilha com o nome de Pedreiras. - Parabéns Joaquim
É um tempo onde tudo acontece
quando luzes determinam o compasso
E o mastigado da vida aparece
Nos olhares que se enfrentam no espaço. - Parabéns Abílio
Agora nos resta saber quem foi o autor. Quem atira a primeira pedra verde?
ResponderExcluirCaro Mr. Heel! Não sou poeta nem professor, mas as quadras acima também levam a minha assinatura.
ResponderExcluirFALTA DE OPÇÃO
ResponderExcluirPerco-me na imensidão
Neste deserto de idéias.
Nado a esmo no mar
Revolto, onde o sobe e desce
Faz-me incompreendido,
As translações são de oscilação
Tal qual o mar.
Idéias ao largo
Largo tudo
E esgueirando-me pelas
Frestas dos murais, eu fujo.
Ou sem opção,
Escrevo um poema.
Moisés Abílio