A Câmara de Pedreiras e a Subserviência que Envergonha o Povo

 



Em Pedreiras, temos assistido a um cenário político preocupante dentro da Câmara Municipal. Em muitos momentos, o que deveria ser a Casa do Povo parece mais uma extensão da Prefeitura, onde parte dos vereadores se curva diante da prefeita, do seu grupo político e de lideranças que mandam e desmandam na cidade.

Essa postura fere o princípio básico da democracia: a independência dos poderes. O vereador não existe para servir ao Executivo, muito menos para bajular líderes políticos em troca de favores. O vereador é, por definição, a voz do povo, o fiscal das contas públicas e o defensor dos interesses coletivos.

Quando um legislador se coloca “debaixo dos pés” de quem governa, ele deixa de ser representante popular e se transforma em aliado cego, incapaz de questionar, fiscalizar ou defender a população. Na prática, passa a ser cúmplice de um sistema que troca a dignidade do povo por conveniências políticas.

É preciso dizer com clareza: a Câmara de Pedreiras não pode ser balcão de negócios. A relação com a Prefeitura deve existir, mas precisa ser pautada no diálogo equilibrado, na independência e no compromisso com a sociedade – nunca na submissão.

A população espera de seus vereadores coragem, fiscalização firme e postura crítica. O que se vê, porém, é uma subserviência descarada, que envergonha o cargo e fragiliza a democracia local.

Pedreiras não precisa de vereadores que dizem “sim” para tudo. Precisa de vereadores que digam “não” quando o povo é prejudicado, que tenham coragem de enfrentar pressões e que saibam honrar o mandato que receberam das urnas.

Chega de subserviência. O Legislativo de Pedreiras deve voltar a ser, de fato, a Casa do Povo.



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Pedras Verdes, Pedreiras, MA, Brasil.