"Quero agradecer a Deus por estar vivo, depois de um assalto ocorrido hoje em minha residência, por volta das 21:00. Três rapazes aparentemente menores, fizeram meu esposo e eu refém, com armas brancas em meu pescoço, trancaram o meu esposo no quarto e andaram comigo por toda a casa à procura de algo pra levarem. Levaram nossos celulares, e a nosso moto Fan Vermelha, com placa NMX 8339. Como eu dizia aos mesmos que estavam nos assaltando, levem o que quiserem, mas nos deixem vivos. A todo momento eu rezava em silêncio, pedindo a Deus pelas nossas vidas. Ainda estamos em choque, mas o mais valioso nos restou "Nós Dois"", relata agradecido, o professor Vínicius Pereira.
Esse, infelizmente é mais um trecho da história de violência que Pedreiras vem escrevendo nesses últimos tempos. Nossa terra está em plena escalada de violência. As pessoas estão em pânico, atordoadas, como se tivessem sempre olhares à espreita voltadas para elas. Olhares de um predador voraz que nunca sacia a fome. Nós, as vítimas ficamos entalados com um sentimento angustiante de quem está acuado, encurralado, e que logo pode ser abatido.
Pedreiras vive uma epidemia de violência, assim como a maioria das cidades do Brasil. Nunca tantos crimes aconteceram entre os pedreirenses. A maior parte desses crimes está associado ao tráfico de drogas e na maioria das vezes com a participação de menores de idade.
O Governo Federal continua omisso, o estado do Maranhão, desmamado, só faz côco na frauda e o município, coitado, com lama até o pescoço, assiste esse tenebroso espetáculo da escalada da violência - não quero nem comentar os próximos atos dessa peça diabólica.
Nessa novela cheia de clichês, só nos resta saber quem será a próxima vítima?