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Signos de Pedreiras - MA
A cidade de Pedreiras é objeto de estudo da
atriz pedreirense Jacqueline Lemos. Na
pesquisa, a pedreirense discute as Possibilidades da inserção do Teatro nos
currículos da Educação Infantil no Município, e traça um levantamento dos
conteúdos de Arte, visando-se compreender como são ensinados, além de
contribuir com a elaboração de novas metodologias de ensino em Teatro na
educação infantil através da formação de professores. Elaborada de junho a
junho a pesquisa envolveu as escolas Colégio Batista Eleutério Rocha; Jardim de
Infância Branca de Neve e Centro de Ensino Especial e Profissional Vicente
Benigno. Este trabalho está inserido no Projeto de Pesquisa “Dos Dois Lados", o
que se ensina e ao que se aprende nas aulas de arte do Maranhão? Realizado pela
professora Mas. Ana Socorro Ramos e está vinculada ao polo UFMA Arte na Escola.
Implementado desde 2005.
O Polo Arte na escola tem auxiliado na difusão do
ensino da Arte em todo o estado do Maranhão, marcando presença nos interiores
através dos seus pesquisadores representantes. Jaqueline, sua representante no
município de Pedreiras, é prata conhecida da casa, no teatro e na poesia.
Residindo na capital, a concluir os estudos, tem construído uma carreira em São
Luís e demais lugares através do teatro, apesar disso, e graduando em
Licenciatura em Teatro Pela Universidade Federal do Maranhão, fica feliz em
promover esses diálogos. Para ela a academia deve dialogar com os interiores,
como os interiores precisam ficar atentos ao que ocorre nas academias. Mudanças
importantes no cenário dos municípios do maranhão sugerem essa abertura e
necessidade de acompanhar essas transições.
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Para ela é uma honra e sempre um aprendizado poder volta sempre à
terrinha para dialogar sobre sua profissão e paixão, o teatro. Jacqueline que
recentemente recebeu o titulo de cidadã pedreirense, defende a relevância da
pesquisa por inserir Pedreiras num patamar de discussão nacional já que
recentemente a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovou projeto de
lei 7032/10 que Altera os §§ 2º e 6º do art. 26 da Lei nº 9.394, que fixa as
diretrizes e bases da educação nacional, para instituir, como conteúdo
obrigatório no ensino de Artes, a música, as artes plásticas e as artes
cênicas. agora tramita em regime de prioridade. E espera que o trabalho abra
caminhos para estender essa conscientização e formação continuada a demais
escolas no município. Para a pesquisadora, a educação brasileira
passa por uma série de significativas mudanças, que vão desde a sua estrutura
organizacional até o seu currículo base. Por isso mesmo, refletir sobre o ritmo
com que essa mudança ocorrerá; também em Pedreiras é fundamental. Sobretudo por
que a construção do conhecimento em teatro atinge aspectos teóricos, técnicos e
principalmente sensíveis e humanos, em qualquer faixa etária, sendo cobrado,
inclusive, no capitulo Movimento do Referencial Curricular Nacional para a
Educação Infantil - RECNEI, Vol III e demais orientações curriculares para o
Ensino Fundamental no I Ciclo, não podendo estar o município, na contramão
disso. Já a atividade formativa desenvolvida no período em que estiveram
ocorrendo as oficinas, o trabalho se dava aos níveis da conscientização do
professor da educação infantil. Esclareceu ainda que a principal diferença do
teatro feito na rua ou nos palcos para aquele teatro desenvolvido na sala de
aula (seus signos, elementos, sua prática e seu ambiente) é que não há a
pretensão de fazer o aluno almejar profissão artística, ou a docência, ainda
que isso venha a ocorrer, mas, o foco de trabalho do professor de Teatro é
promover o desenvolvimento estético do educando, dando a ele o suporte à
compreensão, apreciação e tradução dos signos dessa linguagem nas situações de
vida, quer venha ele “ser ou não ser” um ator ou professor.A oficina que envolvia dinâmica de grupo,
jogos e leitura promoveu um espaço de criação multilateral, pois por um lado,
buscou atingir a compreensão dos conteúdos de teatro, por parte das professoras
com a compilação de um repertório de atividades possíveis em sala de aula, e, por
outro, a promoção de dinâmicas de grupo com as participantes, cujas atividades
pudessem informar na experiência, assim os conteúdos do teatro foram
vivenciados corporalmente pelas professoras.
Ao final das atividades as professoras
relataram:
Me
chamou muita atenção quando você falou que nós temos que educar os nossos
alunos para que consigam conviver numa sociedade mal educada. Essa é uma
realidade, ainda mais para nossos alunos que sofrem preconceito o tempo
inteiro, como se tivessem culpa das suas necessidades especiais. A nossa luta
diária aqui é construir uma auto estima que o tempo inteiro, fora daqui, os
outros tentam destruir nas nossas
crianças. Me pergunto quem deve dar o pontapé inicial da mudança de que você
está falando, se é a escola ou a sociedade que é um organismo maior do qual a
escola faz parte. - Profª Graciete.
Quando você disse que seria aula de teatro,
não achei que haveria aceitação. Ao final, vi todas as professoras se
envolverem. Foi muito importante, falo por mim eu estava tão agitada, tão
preocupada e esqueci tudo! Aprendi que existem formas de brincadeiras que
ensinam. Para mim, o ‘Jogo do Nó’ foi o principal, por que nos conscientiza que
precisamos uns dos outros para resolver as coisas. Às vezes a gente não se
conhece de verdade, mas precisa se ajudar. Derramei muito suor, também estou
dolorida, mas, feliz. Profª e Gestora
Joseane Leonel.
Destaco
os alongamentos por que a gente acha que a criança não precisa alongar e
aquecer, mas não é verdade. Gostei do Jogo do Pendulo por que motiva a união. Profª Francely Pereira de Melo
Nós
todas, juntas, somos a engrenagem da educação [comparando a profissão com o
Jogo da Máquina]. Profª Maria José.
Destaco
o trabalho com a respiração e as dicas de não gritar. Acho que usar o diafragma
me serve já que preciso da voz para dar aula. Profª Maria Euza Leite Lima.