COLUNA DIOGO NASCIMENTO: Pedreirense em noite de autógrafos em São Luís

Natural de Pedreiras, José Cosme do Nascimento, aos 89 anos de idade, fez o lançamento do seu primeiro livro em São Luís, no último domingo. José é filho da “Princesa do Mearim”, mas viveu muitos anos em Lago da Pedra, onde construiu família, e de lá mudou-se para São Luís, residindo na ilha do amor desde 1989.

Tendo estudado apenas o nosso atual ensino fundamental, ainda assim de forma incompleta, tanto na escrita quanto na música o “poeta das sete linhas” mostrava-se autodidata. Sempre gostou de ler, de perguntar, de buscar o entendimento sobre as coisas da vida, do seu cotidiano. Gostando de ler, passou a escrever sobre o que via, o que acontecia a sua volta. Seus escritos são chamados carinhosamente de “romance” e são enquadrados perfeitamente na nossa literatura de cordel.

Os cordéis poderiam ter sumido, mas continuam vivos na sociedade, visto que muitos dos seus autores ainda estão por aí, lutando bravamente, levando adiante suas ideias e sonhos. José é um desses sonhadores e ao seu modo continuou escrevendo.

Pensando na história recém criada (O homem de 90 anos), nos outros romances já escritos e que poderiam se perder e no poder de perpetuação do livro, tive a ideia de reunir três das suas histórias e colocá-las em um livro, o que foi aceito de imediato pelo autor.

No livro “O Homem de 90 anos e suas histórias” José fala sobre a velhice a partir de sua perspectiva de vida, o que teve, o que tem e o que gostaria de ainda poder fazer. Fala sobre as “Meninas de Hoje”, a vontade que elas possuem de viver todos os dias como se fosse o último, sem pensar nas consequências, retratando inclusive a diferença entre o namoro da sua época e o dos dias atuais. E por fim, fala sobre política, sobre as carapuças que são usadas pelos salvadores da pátria, com intuito de alcançar o poder pelo poder.

José Cosme é pedreirense, lagopedrense e ludovicense. É marido, pai, avô, bisavô e amigo. É poeta das sete linhas, escritor, crítico do cotidiano e de suas mazelas. É membro fundador da Academia Lagopedrense de Letras e Artes e ocupante da cadeira número oito. É um exemplo para todos nós!