Durante seminário nesta terça-feira (26) que discutiu o caos no atendimento de urgência/emergência no Brasil, o deputado Simplício Araújo (Solidariedade/MA) sugeriu cinco propostas para melhorar o serviço de saúde no país. O debate, que foi realizado pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias no auditório Nereu Ramos, contou com a participação de vários representantes do setor.
Entre as propostas sugeridas pelo deputado maranhense estão a criação de uma comissão especial que possa analisar o comando único de saúde em todas as capitais do país; vistoriar as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) para saber qual o papel dessas unidades dentro do sistema de urgência/emergência; analisar as regulações estaduais e interestaduais; vistoriar os repasses para o setor e analisar as câmaras de compensação.
“Essas ações podem ajudar a mudar o rumo da saúde no Brasil. Em qualquer pesquisa realizada no país, vemos que a saúde ocupa o 1º lugar como maior problema da população brasileira. É preciso mostrar que a Câmara Federal não está virando as costas para a sociedade. A situação é caótica e lamentavelmente ocorre em qualquer lugar do país”, ressaltou o parlamentar durante o seminário.
O sistema de saúde vive uma série de problemas. Falta gestão, financiamento, medicamentos, leitos, entre outros. Essa ausência faz com que o setor não consiga atender a demanda da população, que sofre a cada dia pelo descaso.
Presente no debate, o procurador da República Peterson de Paula Pereira citou o subfinanciamento como problema central do setor. Na sua visão, é preciso revolucionar o setor e investir na prevenção. Já o representante do Conselho Federal de Enfermagem, Wilton Patrício, lembrou que em cada dez brasileiros, oito não possuem planos de saúde.
Simplício lamentou ainda a ausência de médicos no Maranhão. De acordo com o deputado, os profissionais não procuram o estado pela política que é implementada pelo governo do Maranhão. “É preciso mudar a gestão. É inadmissível que a governadora Roseana Sarney diga que o problema da saúde tem que ser resolvido pelos municípios, que ficam apenas com 46% dos recursos.”
“A iniciativa desse seminário é uma esperança para que tenhamos respostas para mudar a realidade que vive esse setor”, concluiu Simplício.
Reportagem: Letícia Bogéa
Foto: Danielle Calvet