FAMILIARES, AMIGOS, PARENTES E TODA CORPORAÇÃO DÃO ADEUS A AZEVEDO


Por: Joaquim Filho

Eu jamais gastei tinta da minha caneta para falar bem ou enaltecer algum cidadão ou cidadã que não mereça pelo seu caráter e exemplo de vida. E, se tratando de militar, onde se criou um estereótipo que todos eles são iguais e estão condicionados a viverem sob o olhar de uma sociedade que os discriminam e julgam como tais, pode ser que você, caríssimo leitor do blog Pedras Verdes, imagine que a nossa crônica de hoje seja mais uma daquelas que enaltece porque o homenageado faleceu.

Nós não acreditamos na frase que diz que “quem quiser ser bom que morra”, pois se esse adágio popular tivesse fundamento, Adolfo Hitler já teria sido canonizado e virado santo, e sua estátua estaria dentro das igrejas sendo venerada por milhões de fieis no mundo inteiro.

Portanto, quem foi ruim em vida, não tem essa história de que com a morte agora a pessoa se tornou boazinha; sendo assim, quem foi bom em vida, após a sua morte, o que temos a lembrar são as boas ações que a pessoa fez aqui na terra.

Nessa quinta-feira (04), a cidade de Pedreiras ficou mais triste com a morte do policial Azevedo, que já vinha doente há um bom tempo devido a um problema no coração.

A morte é tão ingrata e cruel que resolveu pegar o nosso amigo e irmão Azevedo justamente pela parte que ele tinha de mais sagrada e humana, que era o seu CORAÇÃO.

Não há uma só pessoa na cidade que discorde com a nossa afirmação de que Azevedo fora um policial exemplar, correto, íntegro e que fez da sua profissão um ofício divino onde a defesa e a honra do cidadão estava acima de tudo. Um sujeito simples, educado, sorridente e bem humorado. Sua figura era de pura alegria, cordial, popular e falava com todas as pessoas de todas as idades.

Nunca ouvimos falar de um só deslize, uma truculência, um ato de violência e abuso de poder desse militar, durante os vários anos em que vestiu a farda da Polícia Militar Independente do Maranhão.

Nós, particularmente, tínhamos uma admiração profunda por Azevedo por razões de o mesmo ser um policial diferenciado, e sempre que nos via nos lugares tinha aquele prazer amável de ir até onde estávamos e nos cumprimentar. Quando estávamos em determinado local: festa, praça, campo de futebol, bar, reggae ou em qualquer local da cidade, que a figura do policial Azevedo estava – mesmo fora do seu serviço – a sua presença passava uma paz de espírito que não há explicação humana que a defina.

Por gostar e admirá-lo tanto, hoje (05) pela manhã estivemos cedo no seu velório – em uma das travessas da Rua Manuel Trindade, por trás da antiga cadeia pública – e, também no seu sepultamento que aconteceu às 17h com a presença de toda a Corporação da Polícia Militar, familiares, parentes, vizinhos, amigos e uma grande multidão de pessoas que foram prestar a última homenagem a um policial que soube conquistar todos os pedreirenses pelo seu trabalho, jeito simples de viver e filosofia de vida onde o respeito ao ser humano era o mais importante.

Não diremos que foi um sepultamento bonito, pois tudo que está relacionado com a morte não podemos dizer que é belo; mas, podemos dizer sim, que foi um enterro cheio de emoção, que contou com a presença de pessoas de todas as classes sociais, que em seus carros, motos, bicicletas e até mesmo a pé acompanharam o cortejo que saiu de sua residência, passando pela Rua Manuel Trindade, Rua das Laranjeiras, Rua Raimundo Araújo, Avenida Rio Branco e por último a subida do Alto São José para a sua mais nova morada.

Antes que o caixão descesse à sepultura, as palavras do seu Comandante, o Major Honório, que muito abatido ainda teve equilíbrio para dizer as últimas palavras ao companheiro desfalecido: “Hoje é um dia muito triste para Familiares do Azevedo, para Pedreiras e para a nossa Corporação. Perdemos um grande soldado, um homem de caráter que soube honrar a farda da Instituição porque era militar por amor e convicção. Lembro-me que quando Azevedo soube da sua doença, um problema no seu coração, a sua maior tristeza foi saber que não iria vestir mais a farda da polícia. Talvez, isso seja a sua maior tristeza, mais do que saber que estaria doente. A morte trágica o levou pelo que ele tinha de melhor, um coração grande de verdade.”

Azevedo partiu e deixou em seu testamento uma grande riqueza para esposa e filhos: um nome limpo, exemplo de humildade, amor pelo que fazia e respeito ao ser humano acima de tudo.

Descanse em paz, AZEVEDO!





1 comentários:

  1. Realmente Joaquim você resumiu em poucas palavras o grande ser humano q era o Azevedo,tive a felicidade de te-lo como amigo e por último como compadre pois o mesmo escolheu meu esposo Carneiro para ser padrinho do seu filho caçula João Pedro e eu como madrinha de consagração Azevedo era um ser de um coração enorme alegre,bom pai de família,bom amigo enfim era realmente um exemplo de pessoa,Vai fazer muita falta para tds q tiveram o prazer de conhece-lo e ter como amigo,peço a Deus q o coloque no reino da glória.

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Pedras Verdes, Pedreiras, MA, Brasil.