A foto da pobreza: um Maranhão preto e feminino. Por: Elgonzales M. Almeida


O estado do Maranhão apresenta, em sua estrutura populacional, um percentual cuja maioria é de origem afrodescendente (pretos e pardos). Nessa visão, a população absoluta de negros no Maranhão chega a atingir percentuais de 72% de acordo com dados do IBGE. 

A capital São Luís, no ano de 2000 abrigava um contingente populacional negro de 587.301 mil habitantes, representando um percentual de 52% de toda a populaçãoestadual,configurando-se como a décima cidade com maior número de negros do Brasil. 

O gráfico a seguir, faz referencia aos seis maiores municípios em quantitativo negro doMaranhão. 

 Fonte: Paixão, 2003. 

A questão negra no Maranhão, à primeira vista, não gera qualquer desconforto ao Estado, embora isso traga consequências preconceituosas que envolvem raça e racismo. 

O que realmente é preocupante nessa temática, faz referencia aos dados divulgados pelo IBGE, onde o Maranhão é apontado como o Estado mais pobre da Federação. Mas, o que isso tem a ver com a questão negra? 

Os índices do Censo 2010 apontaramque o Estado aqui discutido, é o mais pobre do país e essa pobreza é maior evidenciada na população negra. Logo, se bem notarmos, o Maranhão é um estado de maioria negra, assim se os negros são os mais pobres, não teria como não ocuparmos o ápice da pobreza nacional. 

Outro dado alarmante divulgado pelo IBGE (2010), é que desses negros pobres, a situação consegue se agravar, quando os índices apontam o sexo feminino como as maiores vítimas dessa desigualdade social. 

A renda per capita mensal atribuída à mulher negra maranhense é bem inferior, se comparado com os demais seguimentos. É o que evidencia o gráfico a seguir. 

Fonte: Paixão, 2003. 

A mulher negra maranhense, tem sido a grande vítima de toda essa desqualificação social. Essa tem sido sinônimo de pobreza, de preconceito, de desmerecimento humano. Literalmente, a foto da pobreza maranhense, tem sido concretizada na pessoa da mulher negra, fato esse que, só evidencia o descaso público frente a essa abordagem. 

Em se tratando do Poder Público, vem à discussão das funções do Estado em oportunizar melhores acessos à democratização de serviços básicos a sobrevivência humana. 

O governo estatual, tem se omitido as questões pertinentes a situação da mulher negra maranhense, esse fato tora-se notório, quando não presenciamos qualquer manifestação, da atual gestão, em justificar os altos índices de pobreza que o Estado vem alcançando. 

Essa omissão ao qual presenciamos, me faz pensar, o porquê de tamanho descaso, e logo percebo que é mais fácil governar uma população leiga, com um mínimo de conhecimento, do que trabalhar com pessoas ditas intelectuais e criticas.É mais fácil pagar milhões de reais, para promover a beleza do estado, em uma escola de samba conceituada, do que investir em programas que beneficiem as classes mais pobres, oportunizando a elas, uma vida estruturada, sem a necessidade de vendar o almoço para comer no jantar. 

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Autor: Elgonzales M. Almeida 
End. Rua 09, quadra B, casa 614 – Mutirão. Pedreiras-Ma. 

1 comentários:

  1. Senhor Mr. Heel, bom dia! Eu enviei já há dez dias, uma matéria sobre a TIM e até agora o senhor nos postou. Pergunto-lhe, senhor: está com medo de mostrar no seu blog a verdade sobre o que acontece com o povo brasileiro, que é enganado e humilhado por essas prestadoras de telefonia e demais serviços públicos? Se o senhor estiver com medo de postar, dê-me pelo menos um sinal de não, que eu irei procurar outro blog para postar os meus textos.

    Dr. Dalluz Guedys
    Advogado - São Luis/MA.

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Pedras Verdes, Pedreiras, MA, Brasil.