As relações humanas são ultracomplexas e dependem fundamentalmente de vários fatores para que sejam bem sucedidas. Conhecimento, afetividade, comunicação, confiança, harmonia, afeto, interesse, dedicação, respeito e carinho são uns dos ingredientes chaves para que um relacionamento se verifique de forma satisfatória.
Entre as relações humanas, sabe-se que uma das mais exigentes e que mais frequentemente apresenta conflitos é a relação amorosa. Em princípio, é a que mais exige medidas concretas e de maior esforço para sua manutenção.
Neste artigo, abordo o ciúme patológico, também conhecido por ciúme doentio ou mórbido, condição que desfavorece a consolidação de um relacionamento, sendo capaz de levar muito sofrimento a todas as pessoas envolvidas no processo.
Inúmeros estudos realizados em grandes centros de pesquisa com um grande contingente de pessoas indicaram a presença de, pelo menos, uma reação de ciúme para cada participante da pesquisa. O ciúme que se manifesta em relacionamentos amorosos é um dos mais referidos e citados, assim com o ciúme entre filhos e pais e entre irmãos.
O ciúme vivenciado pelo casal é denominado de ciúme romântico. Em geral, é considerado como reação humana natural que ocorre perante a ameaça de um rival, real ou não, sendo que, em tese, assumiria a função de diminuir a probabilidade de ocorrência da infidelidade. Portanto, o ciúme é uma reação possível sempre que a estabilidade do relacionamento amoroso é ameaçada por um rival.
Até esse ponto não se vislumbram maiores problemas, pois, em geral, a ocorrência é resolvida por meio de uma boa conversa. Apesar de haver algum estremecimento no relacionamento, a tendência é que este casal volte a sua convivência normal.
Trata-se, pois, de ciúme normal ou funcional e, às vezes, necessário para manter uma boa convivência afetuosa entre ambos. Em diversas ocasiões, o ciúme funciona como elo para fortalecer a relação do casal, de tal forma que quando não ocorre as pessoas sentem falta e reclamam.
Há, todavia, circunstâncias em que comportamento ciumento extrapola a tolerância, chegando ao nível de total desprazer no relacionamento. Nesse caso, ocorrem vários problemas que interferem frontalmente no bem estar do casal, em que o diálogo não tem vez e a hostilidade e as ofensas prevalecem na relação. Estamos, provavelmente, diante de um ciúme avassalador, irracional, destrutivo ou do ciúme patológico.
Esse tipo de ciúme pode coexistir com outro diagnóstico psiquiátrico. Entre pacientes internados em clínicas psiquiátricas, os delírios de ciúme foram encontrados em 1,1 % deles. A prevalência diagnóstica é a seguinte: psicoses orgânicas (doenças cérebro-vasculares, demências etc) 7%; distúrbios paranóides 6,7%; psicoses alcoólicas 5,6%; e esquizofrenias 2,5%.
Em pacientes ambulatoriais, o ciúme patológico relaciona-se em grande parte a quadros depressivos, ansiosos e obsessivos. A maciça maioria dos portadores de ciúme patológico, entretanto, não está dentro dos hospitais e nem nos ambulatórios, mas sim nas ruas e no dia-a-dia das cidades. Muitos casais portadores de ciúme patológico estão sem tratamento médico e quando procuram o especialista a relação já se encontra muito desgastada e em condições irrecuperáveis.
Entre os dependentes de álcool é muito comum apresentarem os conhecidos delírios de ciúme, a ponto desse sintoma ser considerado como característico do alcoolismo. Destaca-se a impotência sexual proveniente do alcoolismo como importante fator no desenvolvimento de ideias de infidelidade, relacionadas a sentimentos de inferioridade e rejeição. A prevalência do ciúme patológico no alcoolismo gira em torno de 34%. A evolução comum do ciúme patológico como sintoma do alcoolismo pode ser, inicialmente, apenas durante a intoxicação alcoólica e, posteriormente, nos períodos de sobriedade. Nas mulheres, fases de menor interesse sexual ou atratividade física, como ocorre na gravidez e menopausa, produzem redução da auto-estima, aumentando a insegurança e a ocorrência do ciúme patológico. A orientação é procurar tratamento especializado enquanto há tempo.
Muito relevante o texto, sofro com isso e sei o quanto é dificil, o qto maltrata, é desesperador esse sentimento e infelizmente não sou a unica, um numero consideravel de pessoas sofrem desse mal "desnecessario", sim pois com o dialogo é possivel ter um relacionamento saudavel, mas pra isso é necessario q as partes entendam a situação e busquem resolver em conjunto, pois nada adianta apenas um dos envolvidos querer resolver o problema qdo o outro direta ou indiretamente continua a instigar através de atos impensados que elevam o ego. Pois o que acontece é q em muitos dos casos uma das partes por necessitar desse alimento desenfreado de aumento do ego, põe em risco a harmonia de uma relação saudavel.
ResponderExcluirACEITE CONVERSAR, FAÇA UM PACTO COM SEU PARCEIRO, ENTENDA-O, RESPEITE-O, AJUDE-O!
o ciúme é um verme q corroe a alma e provoca fortes dores no corpo,levando a várias doenças como depressão suicídios e crimes pacionais.
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