Pesquisa mostra que consumo de crack começa a substituir o de bebidas alcoólicas
Daniella Jinkings
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A facilidade de acesso e o baixo custo do crack estão fazendo com que a droga se alastre pelo país. Uma pesquisa divulgada hoje (7) pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) revela que o crack está substituindo o álcool nos municípios de pequeno porte e áreas rurais. Nos grandes centros, uma pedra de crack custa menos de R$ 5.
Dentre os 4,4 mil municípios pesquisados, 89,4% indicaram que enfrentam problemas com a circulação de drogas em seu território e 93,9% com o consumo. O uso de crack é algo comum em 90,7% dos municípios. “Verificamos que o uso de crack se alastrou por todas as camadas da sociedade, a droga que, em princípio, era consumida por pessoas de baixa renda, disseminou-se por todas as classes sociais”, aponta a pesquisa.
O custo efetivo das ações de combate ao crack e outras drogas nos municípios chega a mais de R$ 2,5 milhões. De acordo com o CNM, faltam profissionais capacitados e verbas destinadas para a manutenção das equipes e dos centros de atenção que deveriam estar disponíveis aos usuários.
O relatório mostra que 63,7% dos municípios enfrentam problemas na área da saúde devido à circulação da droga. A fragilidade da rede de atenção básica aos usuários, a falta de leitos para a internação, o espaço físico inadequado, a carência na disponibilidade de remédios e a ausência de profissionais especializados na área da dependência química são os principais entraves apontados pelos gestores municipais.
Em relação à segurança pública, os principais problemas estão relacionados ao aumento de furtos, roubos, violência, assassinatos e vandalismo. Existem ainda apontamentos em relação à falta de policiamento nas áreas que apresentam maior vulnerabilidade.
Outra questão revelada pela pesquisa é a fragilidade da rede de Proteção Social Especial e do Centro de Referência Especializado da Assistência Social (Creas) que tem como objetivo trabalhar as demandas dos usuários de drogas. Estes serviços são deficitários em 44,6% dos municípios.
De acordo com a pesquisa, um dos grandes problemas é a falta de controle das fronteiras do país. “O efetivo policial é pequeno, mal remunerado e pouco treinado para enfrentar a dinâmica do tráfico de drogas.”
Outro fator relevante, segundo o CNM, é o papel que as indústrias produtoras de insumos utilizados para o preparo do crack desempenham. “A grande questão é a fiscalização da venda desses produtos, que atualmente é feita de maneira insuficiente.”
A primeira pesquisa da CNM, divulgada em dezembro do ano passado, mostrou que 98% dos municípios pesquisados confirmaram a presença do crack em sua região. Em abril, a confederação lançou o portal Observatório do Crack para acompanhar a situação dos municípios, com informações sobre o consumo, os investimentos e os resultados das ações de combate à droga.
Edição: Lílian Beraldo
fonte: BLOG DO SUS
Faz-se pesquisas e mais pesquisas, conhece-se os problemas, mas ação que é bom...NADA!!! Em nossa cidade a Polícia conhece todos os traficantes, porque não se realizam batidas mais constantemente? Ouvimos falar de ações assim de ano em ano talvez mais.Tem que presionar, para que esses canalhas que vivem da desgraça alheia possam temer as autoridades, mas o que se vê em nossa cidade é a venda a luz do dia dessas drogas e ninguém faz nada para inibi-la.
ResponderExcluirEu denuncio é mesmo, se eu conhecer alguem vendendo eu ligo pra policia e entrego, isso aí é o mal do seculo, vicia na primeira, acaba com a vida do sujeito, ja ouvi historias tristes demais, convoco a população a fazer o mesmo.
ResponderExcluira sociedade não se movimenta diante das triste situações que vivemos e as constantes aberrações que são colocadas em rede de televisão locais, isto tem influenciado ainda mais a grandes crescimentos diante de tantos envolvimentos de famílias pobres que moram em bairros sem infra estrutura e sem saneamento básico, diante de tantas coisas erradas as famílias terminam vendo seus filhos se envolverem em coisas ilícitas e erradas o que termina ocasionando a morte de vários jovens. temos que denunciar estes problemas e tentar solucionar com nossa indignação estes absurdos...............
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