O ESPÍRITO DOS CAIXEIROS VIAJANTES AINDA PERMANECEM INQUIETOS



PROFISSIONAL FREELANCER EM PEDREIRAS - MA- BRASIL

Em 30 de outubro os comerciários não podem perder a oportunidade de comemorar seu dia, pois esta data foi duramente conseguida com suor e labor dos trabalhadores desde o inicio do século quando eram abusados pelos empregadores.

Em outros tempos não muitos distante deste, ou talvez até mesmo num mundo paralelo, os comerciários eram obrigados a cumprir jornadas de trabalho superiores há 12 horas diárias e trabalhar aos domingos e feriados sem direito a folga, além de conviverem com a ameaça de demissão, caso reclamassem desse regime de servidão. 

De lá para cá muita coisa tem mudado com o avanço dos direitos trabalhistas, a conquista de novos benefícios e a “conscientização” de empregadores quanto à necessidade de respeitar seus colaboradores. Esta evolução pode ser considerada satisfatória; porém, o avanço na regulação e fiscalização do sistema trabalhista vem obrigando o patronato a ser adequar e respeitar a legislação do nosso ganha-pão, no entanto basta dar uma volta pelo comércio local para que observemos aberrações ou mesmo abusos semelhantes aos do início do século passado – fazer o que né? Tem-se que dar o leite das crianças. 

De um lado temos os patrões que reclamam de encargos trabalhistas, variação do comércio, crise financeira, muitas duplicatas para pagar – é aquele Deus nos acuda. Na outra ponta, os trabalhadores do comércio com suas comissões e salários mínimos aguardam o melhor momento para sair do marasmo: “E aí vai levar o que hoje?” ou “A gente parcela em seis vezes!” – Prontamente respondemos: “Tô só dando uma olhadinha.” 

Nosso comércio é forte graças a Deus, tenho orgulho de falar para amigos de outras cidades que Pedreiras é referência regional, atendendo aproximadamente 300.000 pessoas em nossa macrorregião. A inserção de novas firmas faz com que nossa cidade continue crescendo e se consolide como pólo econômico de desenvolvimento e consequentemente fará com que a expansão tecnológica não fique apenas em nossos sonhos molhados. 

Já ia esquecendo! Quanto à imagem que ilustra este texto, não sei o nome do cidadão que foi imortalizado: não sei se é Zé, Francisco, Raimundo ou João. Poderia até ser Edvan, Benselmo, Jacinto, Valdecí, Luiz ou Netão. Não importa o nome, sobrenome, filiação política, convicção religiosa ou peso de sua conta bancária; pois todos, mesmo que por apenas um segundo tiveram o mesmo sonho. O Sonho de DIGNIDADE. 

PARABÉNS COMERCIÁRIOS, PELA LUTA E BUSCA POR UMA HONESTA DIGNIDADE!


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Pedras Verdes, Pedreiras, MA, Brasil.