É "LEGAL" SER CABO ELEITORAL!


No Brasil, assim também como em muitas partes do mundo, onde as chances de o que pode ser considerado “bom emprego” são poucas, surgem maneiras alternativas de ganhar o tão necessário sustento nos chamados: bicos ou mesmo empregos temporários. 

Hoje também no país se vive um conflito no que se diz respeito à regularização de alguns bicos que desejam chegar ao patamar de profissões, o caso mais conflituoso atualmente é o da regularização das prostitutas como profissionais do sexo. Porém, se formos fazer uma análise mais apurada: como surgem bicos que não “estão no gibi”! E somos todos os dias constrangidos a suportar situações adversas a exemplo de flanelinha cobrando por estacionarmos em locais apropriados e públicos, planfeteiros que nos obrigam a digerir um panfleto em cada esquina e camelôs por todos os lados vendendo até “casa pegando fogo”. 

Esclareço de já que não sou contra a informalidade, até porque já recorri a ela para aumentar minha renda, não que o faça agora escrevendo para demonstrar minha indignação, sem ter sequer um pensamento voltado para as redes sociais no sentido econômico, estou tão somente dando minha pequena parcela, mas como no Brasil os limites da ilegalidade são extremamente flexíveis, fica difícil definir onde termina a informalidade e inicia a banalidade, ou mesmo a criminalidade. 

Os empregos temporários, ou bicos surgem com o estabelecimento de temporadas como: temporadas de férias, algumas estações do ano, carnaval, volta às aulas, alguns eventos municipais, estaduais ou nacionais e assim por diante. No entanto, existe uma temporada que se aproxima que se torna a mais apresentável e ao mesmo tempo a mais perigosa para os que estão dispostos a topar tudo por um trocado extra ou único, que seja, ao final do dia, bem vindo para suprir as reais necessidades básicas, ou mesmo sustentar algum vício. 

Já está aberta a temporada de inscrições para “cabos eleitorais”, e diante disso cabe analisarmos o perfil de quem deseja ganhar a vida nestas instancias até os resultados das próximas eleições. Vejamos, o indivíduo tem que ter horários flexíveis, ser comunicativo, criativo, ter iniciativa, sobre investir no lugar certo e nas pessoas certas e estar disposto a dar o sangue pelo ideal que vai defender! Pois é, até aqui tudo bem, características que qualquer pequeno, médio ou grande empregador iriam procurar! 

O problema deste bico, especificamente, é que nem tudo está explícito como parece, na verdade, na verdade mesmo, tudo está onde não deveria estar, nas entrelinhas. O profissional tem que ser comunicativo sim, comunicar o que deve de seu candidato e o que não deve do outro, e ainda mais: se não há o que não deve, tem que tratar de usar a criatividade para te-lo. Ter iniciativa significa passar por cima de tudo e de todos a fim de conseguir o que o chefe quer, seja na educação ou na falta dela, na legalidade ou na falta dela. Saber onde estão às necessidades e saber como supri-las é essencialmente saber que nunca se deve oferecer cerveja a quem se contentará com uma dose de pinga, nem uma “onça” a quem está disposto a aceitar um “arara”, é ter a “sensibilidade” de se saber o tamanho da “fome” para poder apaziguá-la deixando o resto das promessas para depois, depois da campanha, de preferência. 

E finalmente tem que saber que justiça, verdade, fidelidade, moral e ética, são na verdade conceitos muito relativos, culturais até, e que nunca, nunca mesmo poderá ficar no prejuízo, sem tirar alguma vantagem de uma pequena ação sequer. E também se torna essencialmente básico, saber que cada cabeça que se perde não será, portanto prejuízo em não migrando para o outro lado e que tirar deste, mesmo não vindo para o seu lado, se estabelecerá sempre em saldo! 

Sei que possam existir cabos eleitorais que ainda não venderam sua alma ao descaso. Mas hão de serem os marinheiros de primeira viagem de oposição... “Belos tempos, belos dias...” Porém, basta apenas um pleito para a canção da vez ser: “Nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia...” 

Na verdade há de nossa veia de justiça, ou injustiça (quem saberá?), se contentar com a perdição pelo menos uma vez na vida, de alguns políticos que se dizem espertos, quando provam da traição de seu próprio veneno. E que cruzamento de venenos há na época de procriação de cobras, digo de chapas! (eleitoreiras e não eleitorais, de certo!) Há sempre de morrer alguém nas pesquisas, vítima do próprio ou de outro veneno qualquer, antes que se faça a nova versão de soro “politicantiofídico”. 

Bem, voltando ao nosso personagem da vez, que poderá até sair da informalidade, justificando que sua profissão é semelhante à de vaqueiro, com todo respeito que tenho aos que praticamente colocam o leite na boca de nossos filhos! E para fazer jus ao dito de que tudo no Brasil acaba não em pizza, mas para ser mais patriota, prefiro em samba! E mesmo não sendo samba, não posso deixar de mencionar a clássica canção que me veio à mente agora: Ê ô ô vida de gado, povo marcado ê povo feliz! Pois é, quem conseguirá fugir da marcação, do ferro do fiel vaqueiro do fazendeiro, digo, do cabo eleitoral do candidato? Pois, tendo este fazenda ou não, sempre terá fixação por um curral(neste caso eleitoral). 

Na verdade não foi minha intenção fazer uma sátira, mas, contudo, todavia, entretanto, por conseguinte, como não o fazer? Porém, para não ser detentora do julgamento, assim como da sentença final, você que já foi, é ou pretende ser cabo eleitoral atire a primeira pedra se estou mentindo! 

Cálida Pessoa

3 comentários:

  1. por isso que a corja de babões da prefeitura estão com o c.... que não cabe um palito de fósforo kkkk com medo de ficarem sem empregos pois a maioria é contratado e são babões até 5 grau se a administração perder tão todos na rua e isso vai acontecer espere e verá deus não abandona seu povo chega de sofrimento e desmantelo nessa cidade tao querida

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  2. LÊ..LÊ.... LÊ..LÊ..LÊ.. LENOÍLSON! ARROCHA!!!

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  3. "Maldição sem calsa não prospera" ouvi dizer que até o grupo do 28, gosta de um Tambozim. Cuidado pessoal essa política é diferente.

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Pedras Verdes, Pedreiras, MA, Brasil.