| FOTO: PEDRAS VERDES |
Palavras se estabelecem em minha sina, quando não a estabelecem...
São farol quando em meio ao caos dos pensamentos, pois sempre as deixo espalhadas pelos caminhos marcando o trilha da volta (eterna volta). Quando não somem na neblina me deixando a amarga alternativa de aprender errando.
São-me abrigo quando em farrapos, me escondem dos olhares dos homens me acolhendo em suas enigmáticas entrelinhas. Até se darem ao deleite de se tornarem minha própria denúncia.
Às vezes sou concreta como a pedra e elas, contrariando nosso pacto de silêncio dissolvem meus enigmas. Outras sou água que desce mansa e macia na corredeira, inesperadamente indo de encontro à geleira que ao final, ao concreto me condena.
E o resultado da obra desse dueto entre o concreto e o abstrato, que nem sei mais quem se encaixa em qual conceito: se elas ou eu... E seguimos deixando rastros, ora enigmas insolucionáveis, ora tão simples e singelos como a demonstração de amor de uma criança. Isso quando não me deixam à margem, sem inspiração a não ser o ressentimento por não estarmos... E não podermos "ser"...
Às vezes indesejados: elas a mim e eu a elas... Mas o que é o andar junto se não uma série de desencontros objetivando o final em que aflora o momento sublime do fazer as pazes, num prazeroso reencontro entre o coração do poeta e a inspiração: o nascer do poema...
Assim vivemos esse estranho (que se tornou indispensável) relacionamento entre iguais e opostos; realidade e poesia. Estreitando cada vez mais nossos laços, até que nos tornemos imaterialmente iguais...
CÁLIDA PESSOA
alguém por favor comente este post.
ResponderExcluirTem textos que não precisam de comentários! Tenho certeza que foi muito bem acessado, pois tenho o controle de quantas vez foi visualizado.
ResponderExcluire olha posso garantir que tem muita gente discreta que gosta de LER.