NEGRITUDE | ESCOLA OLINDINA NUNES FREIRE PÕE EM PAUTA "CONSCIÊNCIA NEGRA" EM PEDREIRAS


CONSCIÊNCIA NEGRA: EU QUERO UMA PARA VIVER: este foi o tema do I Seminário de História da Escola Olindina Nunes Freire em Pedreiras. Às vezes estranho que em pleno século XXI, ainda estejamos entrincheirados nessa cruel batalha que envolve as questão racial. Apesar de estamos na era digital, no tempo da hiper comunicação, é lamentável que ainda seja necessário buscar reconhecimento e respeito pela vital contribuição do negro na construção dos diversos segmentos da sociedade. 

Valorizar o dia Consciência Negra, é enriquecer a própria consciência humana. Colocar em discussão as questões que envolvem o negro em âmbito escolar, e ainda levar a comunidade para a sala de aula, é algo digno de louvores. Nesse sentido, congratulamos todo corpo discente e docente da Escola Olindina Nunes Freire, que, de forma gloriosa trouxe à luz dos olhos dos pedreirenses o debate sobre as questões raciais que envolvem a discriminação e desvalorização do negro, e de forma primorosa implantou a semente da conscientização em cabeças abstrusas.

Sobre o seminário realizado na C. E. Olindina Nunes Freire, é importante dizer que os estudantes da escola se envolveram e se empenharam na realização do mesmo. Durante a manhã, 16/11, estivemos nas dependências da escola, onde fomos conferir de perto e participar das atividades montadas em cada sala de aula: estandes, palcos, painéis, quadros, música, exposições e muito conhecimento foram apresentados na oportunidade - tudo muito ornamentado.

Os trabalhos realizados, perceptivelmente, nos remeteram a reflexões a respeito da diversidade étnico-cultural, das diversas riquezas construídas pelos negros; também nos levam a pensar nos personagens que venceram superando o preconceito rácico, além, de nos ajudar a compreender que cada povo possui sua identidade própria, presente nas crenças, costumes, história e organização social. 

Réporter Mirsael, Juiz Marco Adriano, prof. Silvino Filho,
dir. prof. Iaciara Rios e prof. Polary
Para um dos coordenadores do Seminário, o professor de Literatura Silvino Filho. “A questão do negro no Brasil não deve ser discutida só na semana da consciência negra, no mês de novembro, com a culminância no dia 20. NÃO! É importante que respeitemos a Lei 10.639/2003, que prerroga a necessidade de discutirmos a participação do negro na educação básica brasileira", pontuou. 

O estudante Ruan Magalhães da importância da realização do seminário. “É uma oportunidade impar que temos aqui. Discutir uma temática tão rica e poder debater com a comunidade, é excelente para a formação de uma consciência mais igualitária e humana”, destacou. 

Destacamos a participação do Juiz Marco Adriano, que sem dúvidas abrilhantou o evento, não só pela sua excelente palestra, ou a aproximação com a comunidade, mas também, pela simplicidade em visitar cada equipe ouvindo pacientemente alunos. Um gesto muito simples, porém, de uma nobreza sublime.

O seminário continua durante o dia de hoje: 17/11, seguindo a programação da semana da Consciência Negra.

ABAIXO ASSISTA A ENTREVISTA DE TRÊS NOTÁVEIS NEGROS DE NOSSA CIDADE.


"A questão do negro no Brasil não deve ser discutida só na semana da consciência negra, no mês de novembro, com a culminância no dia 20. NÃO! É importante que respeitemos a Lei 10.639/2003, que prerroga a necessidade de discutirmos a participação do negro na educação básica brasileira" (Silvino Filho, Professor da Escola Olindina Nunes Freire)


" A vida do negro em busca de galgar espaço mais alto na sociedade, ela é cheia de turbulência, mesmo. É cheia de preconceito. É cheia de pessoas que não acredita nele, e, em dados momentos o NEGRO NÃO ACREDITA NEM NELE, MESMO" (Isael Sousa, coordenador do Movimento Negro de Pedreiras)


"A gente tem que reconhecer as dificuldades, mas, acima de tudo, tem que tomar uma iniciativa de superação dessas dificuldades..." 
"O dia da Consciência Negra é um dia de consciência cidadã." (Marco Adriano Ramos Fonsêca, Juiz titular da 1ª Vara da Comarca de Pedreiras)

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