EU VOU FALAR: REINAUGURAÇÃO DO PARQUE MARATÁ

Por: Joaquim Filho 

O Parque Maratá, o maior parque de vaquejadas do Estado do Maranhão, localizado na cidade de Trizidela do Vale, cujo proprietário é o empresário Paulo Maratá, ex-prefeito por dois mandatos consecutivos da referida cidade, nesse dia 29, quinta-feira, realizou uma estupenda festa de reinauguração do mesmo, que neste ano de 2014, celebra seus 25 anos de história. 

O evento deu início de forma antecipada, a grande festa de vaquejada que acontecerá nos dias 4, 5 e 6 de julho e, por razões da celebração dos 25 anos do Parque, segundo Paulo Maratá, será a maior vaquejada de todos os tempos, a qual irá pagar uma premiação de cem mil reais, incluindo carro e motos. 

Mas o que eu quero mesmo é me reportar sobre a festa que ocorrera na quinta-feira, que por razões de ter comparecido ao evento, até de última hora, pois não estava nos meus planos ir, confesso que fiquei impressionado com as novas instalações e a estrutura do Parque. Indubitavelmente, um espaço cultural que nos enche de orgulho, que embora tenha um dono com papel passado e tudo como manda a lei, podemos dizer que também é nosso, porque é público e já se tornou um ponto de referência da população de Pedreiras, Trizidela do Vale e de toda a região. 

Como amante das artes e um produtor de cultura, vejo no Parque Maratá um local onde se podem trabalhar muitos eventos; e, não só eventos no sentido de festa, mas eventos voltados para ações sociais que possam envolver crianças, jovens e pessoas experientes utilizando as dependências do mesmo como um espaço de socialização. Castro Alves disse que a praça é do povo. Então, se a praça é do povo, vamos fazer do Parque também um espaço do povo. 

Embora não tenha ficado muito tempo no recinto, pois só vi a primeira banda tocar, fiz algumas imagens, cumprimentei alguns amigos e logo fui para casa, só fiquei sabendo dos desagradáveis acontecimentos de ondas de brigas simuladas e roubos somente hoje, segunda-feira (2), quando ouvi o Paulo Maratá no Tribuna 101. 

Em detrimento às essas questões, tenho filosofado acerca de alguns questionamentos e queria que o meu leitor pensasse comigo: veja como os tempos mudaram, e porque mudaram, agora são outros. Durante todo o tempo de minha vida nessas duas cidades, eu aprendi a ter uma ideia do Paulo Maratá somente de disse-me-disse através de terceiro e, confesso que das poucas vezes que tive contato com esse senhor, não vi nesse homem o bicho de sete cabeças como pintaram durante os oito anos que o mesmo ficara no poder. Ora, senhores, se o tempo mudou, o Paulo também teria que mudar. A prova do que estou falando, independente que ele vá gostar, ou não, é que hoje (2) o ex-prefeito de Trizidela do Vale, em um gesto de humildade e mansidão foi a publico pedir desculpas à população por tudo que ocorrera na sua casa, na festa que ele preparou para que as pessoas pudessem usufruir de momentos de alegria, e não de dissabores. A outra prova de que os tempos mudaram, é que tudo isso aconteceu dentro do Parque Maratá! Quem imaginaria um dia assistir isso: alguém ousar perturbar um evento, cujo organizador seria o Paulo Maratá? Continue pensando comigo, amigo leitor... A bandidagem foi tão ousada que ainda de quebra, roubaram o cordão de ouro do filho do homem, dentro da propriedade dele. 

Esse triste acontecimento que se deu no Parque Maratá abre um precedente: Pedreiras, Trizidela do Vale e toda a região precisam urgentemente discutir e colocar em ação a questão da segurança pública, pois do contrário, vai chegar o momento que nem festa infantil poderemos mais fazer para os nossos filhos ou netos. 

Espero que a minha crônica seja compreendida pelos bons e péssimos leitores; por aqueles que gostam de mim e os que me odeiam; pois, muita gente aqui na rede social ainda não aprendeu a ler um texto e compreendê-lo na sua essência; pois, em relação ao personagem aqui falado, a minha intenção não foi nem jogar confete e nem criticá-lo, mas trazer à luz dos fatos questionamentos que na qualidade de pensador, me dou o direito de pensar e escrever.