ESCRAVOCRATA
Fui escravo
Sou escravo
Pra que?
Por quê?
Da triste
esperança
Da boa
esperança
Dos tristes
dos puros
Dos homens
Incultos –
incautos
Do saco safado
Do fardo
pesado
Dos dias que
(nos)
Lhes restam...
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Da grana
sacana
Que não saca
poesia
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É a vida...
O caminho é
longo
A farda
desbotou
Já não tolhem
A livre expressão
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Fui, sou...
Escravo de
tudo e de todos
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Avalanche!
Escravocrata –
burocrata.
Amanhã será um
novo dia
Seus
merdocratas...
E continuarei
escravo
Do meu ego, da
minha mente
Do meu
coração...
De todas as
mulheres
De todos os
amores
Que habitam o
meu ser!
* Édezio Monteiro