ATIVISTA PEDREIRENSE DO MST É EXECUTADO COM DOIS TIROS NO PARÁ


Da Página do MST

Por volta das 17h de domingo (23), foi assassinado Mamede Gomes de Oliveira, histórico militante do MST do estado do Pará, que tinha 58 anos.

O "seu Mamede" foi morto dentro de seu lote na região metropolitana de Belém, com dois tiros disparados por Luis Henrique Pinheiro, preso logo após o assassinato. 

Nascido no Piauí, ele ainda criança foi para Pedreira, no Maranhão, e logo depois veio para o Pará. 

Atuou nas Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), no município de Ananindeua, antes de ir para a ocupação da Fazenda Taba em 1999, hoje Assentamento Mártires de Abril. Neste período, se tornou militante do MST.

Grande lutador e defensor da Agroecologia, nunca abandonou a luta. Tinha certeza de como faria a sua ofensiva ao capital e sempre foi um bom dirigente e educador.

Mamede era uma grande referência na prática da Agroecologia e criou o Lote Agroecológico de Produção Orgânica (Lapo), onde desenvolvia experiências de agricultura familiar para comercialização e consumo próprio.

Mamede Gomes de Oliveira não foi apenas mais uma vítima da violência banal, como a grande imprensa do estado está tratando o caso. 

O MST exige que o assassinato de “seu Mamede” seja apurado e que este caso não fique impune.

Abaixo, Seu Mamede apresenta produção agroecológica, em vídeO de julho de 2011.

O vídeo apresenta uma experiência agroecológica no Pará, chamada de Lote Agroecológico de Produção Orgânica (Lapo).


A produção agroecológica transformou uma área de capim e coco em um agro-sistema diversificado, com mais de 80 espécies vegetais.

“A gente tenta diversificar o máximo possível”, afirma o assentado Mamede Oliveira.

Nessa experiência, entre outras coisas, é produzido mel, própolis, coco, banana (11 variedades), açaí, cupuaçu, feijão caubí, macaxeira, mandioca, além da plantação de flores.

"Saúde e agroecologia não pode pra separar. É fato de a gente fazer essa ligação, porque não dá pra separar. Pra agricultura camponesa, é de suma importância, porque faz o diferencial com o agronegócio", diz o assentado.

http://www.mst.org.br

1 comentários:

  1. No dia em que eu completei meus 15 anos de idade, os meus pais se mudaram do bairro da Tresidela (hoje Trizidela do Vale)para a Rua Pinto Saldanha, 176, local onde estão vivendo até hoje.

    E, devido ter mudado de bairro, eu passei a frequentar os grupos da Paróquia de São Benedito, levado pelo meu amigo de infância já falecido, Ribinha de Dona Nertina. O primeiro grupo que entrei na Paróquia foi o Grupo de Acólitos. Depois vieram Grupo Vocacional, Grupo de Jovens TLC (Todos Ligados em Cristo) e, por fim, o Coral São Benedito.

    Eu me envolvi com a Igreja e os seus movimentos de tal forma na minha juventude, que eu só não fazia era dormi na Casa Paroquial, mas o resto... Chegava às 8h e voltava para casa à noite.

    Foi nesse período, ainda muito verde, embora ainda não tivesse blog e nem internet, mas uma máquina de datilografia onde eu fazia os trabalhos administrativos da Paróquia.

    Um desses trabalhos era editar juntamente com a Irmã Custódia, um jornalzinho períódico intitulado "Leva e Traz". E, foi justamente nesse período que eu ouvi falar pela primeira vez de um homem chamado Mamede.

    Mamede morava no interior e era uma pessoa altamente esclarecida e consciente quanto à luta da sua classe que sempre fora explorada e perseguida nessas terras brasileiras. Ele participava ativamente não só da vida social da sua comunidade, mas, se envolvia nos movimentos da Igreja, não como um carola alienado e dogmatizado como muitos que têm por aí.

    Mamede sabia a sua função na luta contra o latifundio e, tudo aquilo me causava admiração de ver um homem lá da roça ter tanta sabedoria e espírito altruísta.

    O tempo foi passando, foi passando, passou... Eu fui para o Sudeste do país aventurar e, quando retornei tudo estava mudado e perdi contato com todo esse povo de Deus, com essa gente que acreditava na luta através das Comunidades Eclesias de Base tendo como pilar a Igreja Católica.

    Agora, fico surpreso e triste em ter que divulgar aqui nesse blog que alguém de forma tão desumana tirou a vida de Mamede, a única coisa de maior valia que ele tinha.

    Quem será o próximo?

    JOAQUIM FERREIRA FILHO
    RUA CORINTO NASCIMENTO, 39 - GOIABAL - PEDREIRAS/MA.
    (99) 8110.3668
    po.eti.zando@hotmail.com

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Pedras Verdes, Pedreiras, MA, Brasil.