O Maranhão deveria começar por Pedreiras.


Minha recente partida de Pedreiras e Trizidela do Vale me fez refletir sobre a importância do ser humano e como ele pode ser um agente de transformação dentro do meio social em que ele vive. Também vejo que a maior parte do tempo que permaneci convivendo com essa gente, a qual aprendi admirar muito, fui muito mais aluno do que professor; isso porque ao longo dos dois maravilhosos anos que passei, somei aos meus conhecimentos a arte de ser maranhense, com orgulho sim, senhor, de acreditar que no amanhã as aguas vão baixar e que retomarei a minha vida normalmente.

A partir do momento que o Exército Brasileiro confiou a mim, a Chefia do TG. 10-008, meus desafios em conduzir um Tiro de Guerra tão tradicional e vitorioso, só foi possível graças ao apoio que tive de pessoas que nunca me deixaram me sentir só, e, eu agradeço demais a elas, rendo homenagens pessoais de pura gratidão, pois em minha partida continuam a fazer a mesma coisa para o Sargento Fernandes, e isso é espetacular.

Hoje ainda procuro sentidos para entender porque tanta gente joga pedra no irmão, ao invés de jogar flores. Vamos crescer um pouco mais, vamos à missa rezar ou a um culto orar, para que Deus nos conceda a paz espiritual que tanto almejamos para nós, para nossa família e para nossos vizinhos. 

Está cansado da vida? Vá na Rua Benilde Nina, fale com seu Chiquinho, fale com a Louirinha, fale com a mãe do Lima que eles te mostrarão uns projetos maravilhosos de servir ao próximo e verás o quanto és importante.

Ninguém é perfeito, e eu também não sou, mas procurei ao longo dos anos que passei, dar o melhor de mim, fazer o melhor que podia ou simplesmente ouvir, pois muitas vezes as pessoas só precisam de alguém que pare um pouco e as ouça. Nós todos temos defeitos, mas perante Deus somos iguais.

Costumava dizer para o Zeca de Mirulita, que me mostrei como eu sou, que sempre gostei do simples, que não me sentia melhor que ninguém, que gostava de fazer amigos e que as pessoas nos diversos locais que passei na minha vida não enxergavam meus defeitos. Então, ele falou que tinha uma coisa para me falar, pois minha mãe ligava 10 (dez) vezes ou mais para mim, durante o dia, e muitas vezes eu estava ocupado e pedia para ela ligar depois. Disse ele que queria ter hoje a felicidade de ouvir a voz da mãe dele todos os dias e a partir dai nunca mais eu tive outra atividade mais importante do que ouvir a minha mãe, mesmo que fosse para dizer algo sem muita importância, mas era minha mãe que desejava falar comigo.

Na cidade das gentilezas, sair de casa ao mercado e era como encher a alma de boa-nova e me perguntava será que é careta dar "um bom dia" ou isso é coisa de velho? Se for, acho que já estou na quarta idade, pois como era bom percorrer as ruas, dar um bom dia e receber um caloroso bom dia.

Certa vez ouvi na homilia sábia do padre José Geraldo, que como ser humano não podemos apenas mostrar nosso lado de super-herói, também temos que mostrar aos nossos parentes, filhos, amigos que caímos, mas que buscamos soluções para levantar, para que esse gesto sirva de ensinamento na hora que aqueles que amamos caiam e saibam que assim como eu, eles também tem a capacidade de levantar e vencer. Faça isso você também.

Ao lado do poeta Joaquim Filho, ou nos shows de Zequinha Ribeiro, meu lado pensador era mais constante e foi da boca do Joaquim Filho que ouvi uma frase que em 42 anos de vida nunca tinha me definido dentro do contexto da amizade e que dizia: "Para ser amigo do Sargento Granges basta ser gente".

Costumava dizer ao Sousa que se alguém quisesse saber da minha vida perguntasse para ele, pois ele foi quem mais me ouviu. 

Com o Chico, Socorrinha, Jaciane e Carlos, eu mais sorri, e com seu Zé Martins, muito mais aprendi sobre honestidade.

Com o prefeito Lenoilson Passos e secretariado, com a Câmara de Vereadores, com a Promotoria, com a Polícia Militar, com os Padres e Pastores, com as diversas TVs de Pedreiras e Trizidela, com os atiradores de 2010 e 2011 e com os amigos pude expor minhas ideias, buscar orientações e ter o suporte necessário para sair de cabeça erguida da cidade que prometi aos amigos voltar e voltarei.

Então, amigos, peço-lhes atenção ao tema que dei a esta mensagem, pois eu não fiz mais do que minha obrigação como representante do Exército Brasileiro, cujo lema é “Braço forte e mão amiga.” , perante a sociedade me propus trabalhar voluntariamente em tudo que foi possível participar, e digo, antes de criticar atitudes de pessoas que desejam fazer o bem, some com você para fazer parte dessa corrente que tem pensamentos crescentes para Pedreiras e Trizidela e que possamos falar de coração. “Ainda bem que a gente se tem.” 

Com saudades!
Sargento Granges.

3 comentários:

  1. Grande personalidade! Simplicidade e simpatia são suas marcas. Parabéns!

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  2. Vc veio a Pedreiras e fez a diferença! parabens pelo ogrande trabalho que realizou em nossa cidade.

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Pedras Verdes, Pedreiras, MA, Brasil.