COLUNA AR-15 [O RETORNO]: Pedreiras – alienígenas no poder: 06 ou meia dúzia? CINCO!


Comecei a fazer política ainda muito cedo, aos 16 anos, no ensino médio quando estudava em SP, no movimento estudantil secundarista. Depois fui fazer política estudantil no movimento estudantil universitário, no qual ascendi de mero presidente de diretório acadêmico até coordenador sudeste da Direção Executiva Nacional de Estudantes de Medicina-DENEM e Diretor de Escolas Médicas e Escola Pagas da União Nacional dos Estudantes-UNE. Militância partidária iniciei na campanha de Luíza Erundina à prefeitura de SP em 1988, que culminou numa vitória acachapante de virada, que surpreendeu o Brasil e o mundo, e até próprio PT, pois uma mulher pobre, nordestina e de esquerda fora eleita para governar a maior metrópole da América Latina e o terceiro maior orçamento do Brasil. Portanto, não sou novato nem ingênuo na coisa.

E sempre me pautei pelo meu sonho maior de fazer justiça social ao meu povo. Nunca fiz política para me dar bem pessoalmente ou por vaidade ou status. Isso por si só minha profissão me oferece.

Quando pessoas que eu ajudei a eleger com minha experiência e trabalho, tais como Raimundo Louro, Lenoílson Passos ou Totonho Chicote desviaram-se do que eu acreditava ser o correto para o meu povo, rompi com eles politicamente e passei a fazer­-lhes oposição. Não por vingança, mas por mea culpa e justiça ao meu povo. E sempre fui assediado por propostas financeiras para mudar de lado ou até somente me calar. Tais propostas nunca me seduziram.

Quando me aproximei de Fátima Vieira a convite dela para essa luta contra Totonho, era porque eu acreditava que ela podia fazer mais e melhor por Pedreiras do que o atual governo que está aí. Refleti com ela o governo atual e como deveria ser o dela, planejamos o que ela deveria fazer, das primeiras às ultimas ações: um governo democrático, transparente, popular e participativo, técnico e politico, eficiente e resolutivo, voltado à celeridade da solução dos problemas que nosso povo enfrenta e, especialmente, “um governo com coração”, voltado aos mais humildes.

Para ela chegar lá elaborei uma “agenda positiva” que envolveu um grande plano estratégico englobando imprensa local, regional e estadual de todos os segmentos, forças políticas diversas e articulações tremendas em gabinetes do mais baixo ao mais alto poder político nas 03 esferas de poder da nação dos 03 poderes constituídos; muitas coisas de caráter inconfessáveis até. Aproximá-la novamente de Pedreiras e do povo, especialmente dos movimentos sociais foi uma necessidade imperativa que ela não tinha condições pessoais e políticas de fazer e que só eu podia fazê-lo e o fiz. Uma luta árdua na qual me tornei seu fiel escudeiro e principal articulador e porta-voz. E conseguimos preparar o terreno para ela chegar lá. Pelo papel que assumi eu não a cobrei um real e paguei e ainda pago um preço altíssimo do qual todos são conhecedores.

Após a decisão judicial que a beneficiou, percebi já poucas horas depois que forças antes ocultas já a tutelavam e manipulavam; e em dias a levavam para tudo distante do outrora combinado. Do governo antes acordado democrático, popular, transparente e participativo nem um único resquício sobrou em 21 dias de governo. 

Um grupo de assessores alienígenas e familiares empafiosos tomaram de conta do governo de forma que ninguém tinha acesso à prefeita em exercício. E era triste vê-la contrariada com as determinações deles, mas sem autoridade sobre os tais.

Na verdade, ela não governou nesses 21 dias. Governaram eles. E ela não tem autoridade sobre eles!

Sobre mim, para me afastar do núcleo administrativo de tomada de decisões, decisões essas que na maioria das vezes eles sabiam que eu não ia concordar, resolveram me “premiar” pelo meu esforço na luta com o hospital geral de presente para mim com amplos poderes para tudo. Percebi na hora que era uma forma de me afastar da administração e eles poderem “pintar e bordar”. Antes de me comprometer, me afastei voluntariamente.

Concebem a coisa pública com tanta limitação que secretarias foram dadas de presentes por amizades a terceiros, outras por pressões políticas ilegais etc. Na verdade nem conseguiram montar a equipe de 13 secretários em 03 semanas. Absurdo de incompetência...

Não sei o que é pior: se um prefeito corrupto ou uma prefeita incompetente!!! E desonesta! Pois o pagamento adiantado em 15 dias de governo de quase R$ 30.000.00 a sua equipe de assessores alienígenas para fazer um serviço que não fizeram é ilegal e imoral. Nem Totonho em toda a sua insensatez cometeu em tão pouco tempo de governo tamanho desatino administrativo!!!

Os 02 meses de salários dos pobres garis atrasados ela não pagou. Mas seus assessores de Bacabal foram pagos e adiantados e muito bem pagos. Deviam por respeito ao povo de Pedreiras devolver o dinheiro aos cofres públicos, pois o serviço para o qual foram contratados não foi feito. Seria ético, legal e moral.

Uma compra de mais de R$ 50.000,00 de medicamentos para o hospital foi feita na empresa de um amigo da prefeita. E logo foi feito um planejamento de mais 500.000,00 reais em compras futuras sem nenhum estudo do que o hospital de fato precisava. Isso não é ético nem moral. E sem licitação, pois foi decretado estado de emergência na área de saúde. Só na saúde foi decretado estado de emergência quando a cidade toda estava um caos. Mas era onde a prefeita tinha amigos fornecedores, pois já foi diretora de hospital em Bacabal. Por que não decretou em todo o município? O Secretário Cacimbão teve que trabalhar abastecendo caçambas do seu próprio bolso porque os assessores dela não liberavam combustível para limpar a cidade. E olha que esses 21 dias de seu governo foram salvos por um homem: Cacimbão – esse merece homenagens.

E o desrespeito, desconsideração e desprezo ao povo? Nunca vi pior!!! Em 21 dias a prefeita em exercício se dirigiu ao povo no dia da posse somente porque foi obrigada pelo cerimonial. Mais obrigada ainda era na saída após a decisão que a afastou e ela se negou a dar uma palavra de alento, esperança, força, consolo e fé ao nosso povo sofrido. Muito desrespeito ao nosso povo. Ele não merecia esse silêncio. Prova de que o compromisso dela é com o cargo e não com a cidade e nossa gente.

Por isso que não vemos o povo lamentar a ida dela. Vemos alguns lamentando a volta do prefeito. Percebe-se hoje que o povo de Pedreiras prefere um prefeito da terra mesmo corrupto que um grupo de espertalhões autoritários de fora mandando em seu terreiro.

Mas se ela só fazia tudo orientada pelos brilhantes assessores jurídicos dela, essa douta assessoria esqueceu-se de lhe salvar o mandato de vice-prefeita. Caso a Câmara Municipal exerça de fato sua função, por descompromisso de Fátima Vieira com Pedreiras e nosso povo e desamor à cidade; além de descompromisso de sua assessoria jurídica com ela, caso o Tribunal afaste o prefeito novamente, ela não mais assume como prefeita em exercício. Pois segundo o disposto no Artigo 35, Inciso VI da Lei Orgânica do Município ela teria que ter solicitado autorização legislativa para se ausentar de Pedreiras por mais de 15 (quinze) dias. E ASSIM NÃO O FEZ! Seu desprezo por Pedreiras e pela lei e o descompromisso de sua douta assessoria com ela lhe fizeram completar na última quinta-feira completar 16 dias ausentes ilegalmente da cidade. E dessa vez não foi para se tratar de doenças. As redes sociais mostram que ela está em João Pessoa linda, leve e feliz a espera de reassumir a cadeira Number One de Pedreiras novamente.

E agora, Excelências, farão o quê?

Allan Roberto Costa Silva, médico, ex-Vereador-Presidente da Câmara Municipal De Pedreiras, membro da Academia Pedreirense de Letras-APL e da Associação de Poetas e Escritores de Pedreiras-APOESP. E-mail: arcs.rob@hotmail.com

2 comentários:

  1. Esse cara presta um enorme serviço ao povo de Pedreiras com sua coragem e abnegação.
    Parabéns pelas verdades, doutor!
    Que Deus lhe proteja e que Pedreiras possa continuar contando com o senhor por muito tempo.

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  2. A tarja preta na foto é mera coincidência, ou foi uma brincadeira do blogueiro?

    Farmácia do Povo

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Pedras Verdes, Pedreiras, MA, Brasil.