Câncer de mama pode atingir 57 mil mulheres no Brasil em 2014



Tradicionalmente o mês de outubro entrou para o calendário nacional como o mês de combate ao câncer de mama. Em todo país, campanhas tomam as ruas dos grandes centros urbanos em diversos tipos de manifestações e recebem adesão de pessoas públicas e anônimas que alertam para o perigo da doença. Para contribuir nessa luta, a Corregedoria da Justiça do Maranhão também ajuda a promover a campanha no Estado.

O Outubro Rosa é uma iniciativa que busca despertar a atenção das mulheres para adoção de cuidados preventivos e do diagnóstico precoce do câncer de mama, que é o tipo mais frequente em todo mundo, correspondendo a 22% do total dos novos casos. Para aderir à campanha, responsáveis por prédios e monumentos instalam iluminação rosa em suas fachadas, mas também é possível apoiar com outras ações, a exemplo da divulgação da campanha e da disseminação de informações sobre a doença.

Exemplo desse apoio foi a união de pessoas com interesse no assunto que resultou na criação o site www.mulherconsciente.com.br. O site tem o apoio do Laboratório Roche e traz informações sobre a doença, as formas de prevenção, os cuidados médicos e a importância do apoio da família. Interessados também podem obter mais conhecimento sobre o câncer de mama no portal do Instituto Nacional do Câncer (Inca)www2.inca.gov.br.

A doença – O câncer de mama, como todo tumor maligno, é caracterizado por um crescimento acelerado, desordenado e agressivo de células, que por consequência de uma mutação adquirem a capacidade de se multiplicar. Na fase mais aguda, o câncer costuma se espalhar para outras partes do corpo, um fenômeno conhecido como metástase.

A doença atinge glândulas mamárias formadas por lobos, que se dividem em estruturas menores chamadas lóbulos e ductos mamários. Há diferentes tipos de câncer de mama e a realização do procedimento médico conhecido como biópsia, permite uma análise patológica do tumor, a qual ajuda a identificar qual é o estágio do câncer.

De acordo com o Inca, a estimativa é de que em 2014 sejam diagnosticados 57.120 novos casos de câncer de mama no Brasil, sendo o tipo da doença que mais mata no país. Informações do Instituto também apontam o diagnóstico tardio como a principal causa do alto índice de mortalidade no Brasil, se comparado com países desenvolvidos.

Apesar de ser uma doença extremamente agressiva, o câncer de mama tem cura. Ainda assim, a principal arma contra é a prevenção, que inclui procedimentos que podem ser realizados em casa ou por meio de exames médicos especializados. Destaca-se que a maioria dos nódulos detectados na mama é benigna e quanto mais cedo eles forem diagnosticados, mais fácil será a cura.

Especialistas ainda garantem que há diversos motivos para manifestação da doença, sendo alguns causados por fatores não modificáveis ou modificáveis. No primeiro caso a origem da doença está relacionada a fatores como idade, menstruação precoce ou tardia, nunca ter engravidado ou ter tido o primeiro filho depois dos 30 anos. Já os fatores modificáveis estão relacionados ao estilo de vida, como sedentarismo, excesso de peso, a ingestão regular de bebida alcoólica. Em todo caso, as consultas frequentes ao ginecologista devem ser mantidas.

Sintomas – Os sintomas mais comuns do câncer de mama é o aparecimento de um caroço. Nódulos que são indolores, duros e irregulares têm mais chances de ser malignos, mas há tumores que são macios e arredondados. Outros sinais de câncer de mama incluem o inchaço em parte do seio; irritação da pele ou aparecimento de irregularidades, como covinhas ou franzidos, ou que fazem a pele se assemelhar à casca de uma laranja; dor no mamilo; vermelhidão ou descamação do mamilo; saída de secreção; caroço nas axilas. Em qualquer caso, um médico deve ser procurado para que a análise e os exames necessários sejam realizados.

Direitos – A grande maioria das mulheres no Brasil ainda depende do Sistema Único de Saúde para ter acesso à mamografia – exame realizado nas mamas que possibilita maior precisão no diagnóstico da doença. Com a efetivação da Lei Federal nº 11.664/2008, mulheres a partir dos 40 anos de idade têm garantido o acesso ao exame, antecipando em 10 anos o que recomendava o Ministério da Saúde.

 
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